Aos seis meses de vida, só 22% dos bebés tomam apenas leite da mãe

Valor fica aquém das metas da Organização Mundial de Saúde, mas tem melhorado desde que a DGS começou a publicar o Registo do Aleitamento Materno.

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A OMS defende a amamentação em exclusivo até aos seis meses ENRIC VIVES-RUBIO

Apesar de os valores estarem muito aquém das metas da OMS, que pretendia ter pelo menos 50% dos bebés em aleitamento exclusivo até aos seis meses, a verdade é que Portugal tem conseguido uma evolução positiva. No período de três anos, o país conseguiu passar de 14% dos bebés a cumprirem as indicações da OMS para 22%.

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Apesar de os valores estarem muito aquém das metas da OMS, que pretendia ter pelo menos 50% dos bebés em aleitamento exclusivo até aos seis meses, a verdade é que Portugal tem conseguido uma evolução positiva. No período de três anos, o país conseguiu passar de 14% dos bebés a cumprirem as indicações da OMS para 22%.

O relatório, que é feito desde 2010 com o objectivo de monitorizar os processos de alimentação de lactentes e crianças pequenas em Portugal, indica ainda que no ano passado mais de 98% dos bebés começaram a mamar antes da alta hospitalar. Em quase 77% dos casos o aleitamento materno foi conseguido em exclusivo, isto é, sem que tenha sido dado nenhum tipo de suplementos. Um valor que sobe para os 79% nos chamados Hospitais Amigos dos Bebés, que são unidades que cumprem dez medidas definidas pela OMS e consideradas essenciais para a promoção, protecção e apoio ao aleitamento materno.

Além dos dados sobre o aleitamento aos seis meses, o relatório mostra também que na chamada consulta de puerpério, feita entre a quinta e a sexta semana de vida, 88% das crianças mantinham-se a tomar o leite da mãe em exclusivo. No entanto, aos dois meses este valor cai abruptamente para menos de 52% e, aos quatro meses, volta a descer para 35%. Ao todo, em 10% dos casos as famílias optaram por iniciar a alimentação complementar (como papas e sopas) antes dos cinco meses e 25% fizeram-no antes dos seis meses.

A recolha dos dados foi feita em hospitais e centros de saúde e contou com uma amostra de mais de 31 mil recém-nascidos, o que corresponde a 25% dos nascimentos em Portugal. Porém, a DGS, perante o aumento do número de casos de prematuros, recomenda que, no futuro, seja feito um estudo específico sobre estas crianças, dadas as particularidades que os bebés pré-termo envolvem.