Defesa volta a ser o pecado de Portugal

Apesar de uma melhoria na qualidade de jogo, a selecção nacional somou duas derrotas e um empate no primeiro dia da etapa australiana do Circuito Mundial

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IRB

Um empate arrancado a ferros no último jogo do Grupo C, contra a Escócia, acaba por ser moralizador, mas Portugal voltou a mostrar qualidades para alcançar melhores resultados. Todavia, tal como tinha acontecido no Circuito Europeu, a defesa foi o calcanhar de Aquiles dos portugueses. Em Gold Coast, na Austrália, a selecção nacional estreou-se no Circuito Mundial 2014-15 com derrotas frente à Austrália (29-0) e Fiji (38-0) e um empate com a Escócia (21-21) e vai defrontar na madrugada deste domingo, à 1h26, o Quénia, nos quartos-de-final da Taça Bowl.

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Um empate arrancado a ferros no último jogo do Grupo C, contra a Escócia, acaba por ser moralizador, mas Portugal voltou a mostrar qualidades para alcançar melhores resultados. Todavia, tal como tinha acontecido no Circuito Europeu, a defesa foi o calcanhar de Aquiles dos portugueses. Em Gold Coast, na Austrália, a selecção nacional estreou-se no Circuito Mundial 2014-15 com derrotas frente à Austrália (29-0) e Fiji (38-0) e um empate com a Escócia (21-21) e vai defrontar na madrugada deste domingo, à 1h26, o Quénia, nos quartos-de-final da Taça Bowl.

Não foi o desastre das duas últimas etapas do Europeu, mas o saldo final sabe a pouco. Numa época onde o Circuito Mundial ganha interesse redobrado, visto que os quatro primeiros classificados no final das nove etapas garantem o apuramento para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, Portugal voltou a apresentar-se com uma equipa muito jovem e apesar da boa atitude, a falta de agressividade defensiva revelou-se fatal.

Sem surpresa, nos dois primeiros jogos houve pouca história. Contra as todo-poderosas Ilhas Fiji (fortíssima candidata a garantir o "top 4" e respectivo passaporte olímpico) e Austrália (que quando joga em casa alcança sempre excelentes resultados), os portugueses quase não tiveram bola e os resultados reflectem bem o que se passou em campo: 38-0 e 29-0, respectivamente.

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O jogo do "campeonato" português era, no entanto, o último. Em teoria, a Escócia será a par de Portugal, do Japão e dos Estados Unidos uma das selecções que lutará por fugir ao 15.º lugar no final do Circuito Mundial, posição que ditará a perda do estatuto de equipa-residente da competição para a temporada seguinte, e a formação nacional mostrou ter capacidade para derrotar os britânicos.

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No entanto, Portugal ia entregando a vitória numa bandeja ao adversário. A precisar de um triunfo para evitar o último lugar no Grupo C, a selecção lusa assumiu o comando do jogo, mas a posse de bola não se traduzia em pontos e quando os escoceses recuperaram a oval, Lee Jones fez o primeiro ensaio, finalizando um contra-ataque de 80 metros (7-0).

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A reacção de equipa treinada por Pedro Netto surgiu a pouco menos de dois minutos do fim, quando Joe Gardener furou a defesa da Escócia e fez o toque de meta (7-7), mas atrás os problemas nacionais mantinham-se e na última jogada da primeira parte, Mark Robertson voltou a colocar a Escócia na frente (14-7).

Após o intervalo, o número 6 escocês esteve novamente em destaque e com o segundo ensaio de Robertson no jogo a vitória parecia estar entregue (21-7). Porém, a entrada em campo de Pedro Leal no último minuto mudou o rumo da partida. Na primeira vez que tocou na bola, o jogador do Direito abriu uma brecha na muralha defensiva da Escócia e Joe Gardener aproveitou para bisar (21-14).

Ficava a restar uma última oportunidade e Portugal não a desperdiçou: na derradeira jogada, os portugueses recuperaram a bola após o pontapé de recomeço e depois de a oval chegar às mãos de Adérito Esteves, o “7” nacional só parou na linha de ensaio (21-21).

Embora o empate não tenha servido para evitar o último lugar no Grupo C, a excelente reacção contra a Escócia pode ser o tónico que os jogadores portugueses necessitavam para recuperar a auto-estima perdida nos últimos meses. Na madrugada deste domingo (1h26), no último dia da etapa de Gold Coast, Portugal começará por medir forças com o Quénia, nos quartos-de-final da Taça Bowl (apuramento do 9.º ao 16.º lugar).

Quartos-de-final da Bowl:

França-Canadá (00h20)

Escócia-América Samoa (00h42)

Estados Unidos-Japão (1h04)

Quénia-Portugal (1h26)

Quartos-de-final da Cup:

Nova Zelândia-Inglaterra (1h48)

Fiji-País de Gales (2h10)

Argentina-Samoa (2h32)

África do Sul-Austrália (2h54)