SEF formou funcionários e segue "à risca" instruções da DGS sobre ébola

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) está a dar formação a "todos os funcionários" dos principais postos de fronteira, nomeadamente dos aeroportos.

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No topo do rol das desvantagens, os engenheiros que emigraram queixam-se da distância da família e amigos Nelson Garrido

Questionado pela agência Lusa, à margem da inauguração das novas instalações do SEF em Évora, o responsável reagia a declarações feitas, na quarta-feira, à TSF, pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do SEF, Acácio Pereira. O sindicalista da estrutura representativa dos inspectores do SEF alertou que as medidas sobre o Ébola tomadas nos aeroportos "não passaram de alguma informação".

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Questionado pela agência Lusa, à margem da inauguração das novas instalações do SEF em Évora, o responsável reagia a declarações feitas, na quarta-feira, à TSF, pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores do SEF, Acácio Pereira. O sindicalista da estrutura representativa dos inspectores do SEF alertou que as medidas sobre o Ébola tomadas nos aeroportos "não passaram de alguma informação".

Acácio Pereira reclamou equipamento especializado para os funcionários dos aeroportos, assim como "acompanhamento permanente de todos os funcionários e voos de forma mais cuidada" e com "medidas de proximidade".

Confrontado hoje pela Lusa, o director do SEF frisou não haver "qualquer falta desse nível" no serviço, até porque "o surto do Ébola" tem vindo a ser acompanhado "desde o início". Exemplo dessa "preocupação", segundo Manuel Palos, foi a formação já ministrada pela DGS a "todos os funcionários do SEF que exercem funções nos principais postos de fronteira do país, nomeadamente nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro".

"Muitas vezes, nestas questões, a falta de informação pode levar a algumas situações de alarmismo", pelo que a formação pretendeu também "evitar essa situação" e "beneficiou outros profissionais" de outras entidades que trabalham nos aeroportos. Em relação a equipamento específico para lidar com o Ébola, o SEF "segue 'à risca' as instruções que a DGS tem dado", sublinhou, considerando que as declarações do sindicalista não fazem "qualquer sentido".

E os funcionários do SEF, em especial no aeroporto de Lisboa, que é onde existem "voos directos, não dos países directamente afectados, mas de países vizinhos", estão "atentos às movimentações e aos voos com determinadas proveniências", frisou. Também presente na cerimónia em Évora, o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, corroborou que os funcionários do SEF "estão preparados para poder lidar com esses riscos" do Ébola.

"E têm um canal aberto com a DGS para que qualquer questão seja imediatamente tratada com quem tem capacidade para o fazer", disse, repetindo que o SEF promoveu as acções de formação e adoptou os procedimentos que foram indicados pela Direcção-Geral de Saúde. Se a DGS disser "que é preciso subir o nível em alguma área, quer do ponto de vista da precaução, quer do ponto de vista dos procedimentos a adoptar, fá-lo-emos no momento imediatamente posterior, porque esta é uma matéria que nos preocupa e na qual seremos consequentes", afirmou João Almeida.