BE acusa Passos de lesar o interesse nacional na PT
Numa declaração política em plenário, a deputada trouxe a lume a saída anunciada de Zeinal Bava da liderança da sociedade, que “deixou atrás de si os cacos do que foi a mais prestigiada empresa nacional”. A desvalorização da empresa está associada ao fim da golden share (acções com peso decisório) que o primeiro-ministro garantia acautelar os interesses estratégicos do país.
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Numa declaração política em plenário, a deputada trouxe a lume a saída anunciada de Zeinal Bava da liderança da sociedade, que “deixou atrás de si os cacos do que foi a mais prestigiada empresa nacional”. A desvalorização da empresa está associada ao fim da golden share (acções com peso decisório) que o primeiro-ministro garantia acautelar os interesses estratégicos do país.
“Das duas uma: Ou Passos Coelho (…) entendia que o interesse estratégico do país passava por entregar uma das mais importantes empresas nacionais a um pequeno fundo internacional, sem nenhum conhecimento e capacidade de investimento; ou estamos perante um acto consciente de favorecimento dos interesses privados. Em ambos os casos, é o interesse nacional que, mais uma vez, sai lesado”, apontou.
A linha de argumentação foi reforçada pelo PS. “Como é que foi possível abdicar a troco de nada da golden share daquela empresa?”, questionou Marcos Perestrello, apesar de reconhecer que o fim da golden share era determinado por Bruxelas.
“A legislação comunitária obriga, mas tem alternativas de proteccção dos interesses estratégicos. O que estava em causa era a criação de um grande operador lusófono”, acrescentou, lembrando que “antes do Verão a PS valia 3,6 mil milhões de euros e hoje vale menos de metade”.
Na resposta ao PS, Mariana Mortágua recordou que, quando o actual Governo tomou posse, “já havia muitas empresas privatizadas” e perguntou a Marcos Perestrello se fazia um “mea culpa” sobre essas alienações, mas o deputado socialista já não tinha tempo para responder.
Na bancada do PCP, João Oliveira, líder parlamentar, notou o silêncio dos deputados da maioria parlamentar sobre a “perda de um activo estratégico para Portugal”.