Passos: Portugal não tem “muita margem” para “relaxar” consolidação orçamental

Primeiro-ministro diz que é preciso manter a “linha de disciplina e rigor nos próximos anos”.

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Pedro Passos Coelho à chegada à cimeira desta quarta-feira, em Milão Stringer/Reuters

“Não vou fazer nenhuma antecipação da proposta do Orçamento do Estado a submeter ao Parlamento (...) Do que já afirmei é evidente que Portugal não tem muita margem para poder relaxar a sua política, que no essencial visa diminuir o défice público”, disse Pedro Passos Coelhos aos jornalistas, à margem da cimeira do emprego em que participou em Milão (Itália).

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“Não vou fazer nenhuma antecipação da proposta do Orçamento do Estado a submeter ao Parlamento (...) Do que já afirmei é evidente que Portugal não tem muita margem para poder relaxar a sua política, que no essencial visa diminuir o défice público”, disse Pedro Passos Coelhos aos jornalistas, à margem da cimeira do emprego em que participou em Milão (Itália).

O chefe de Governo tinha sido questionado sobre o facto de França e Itália terem pedido mais tempo para cumprir as metas de défice orçamental.

França diz que só consegue cumprir a meta dos 3% de défice público em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, em vez de 2015, o que obrigará a uma tomada posição da Comissão Europeia. Já Itália, que tem contudo um défice abaixo dos 3% do PIB, propõe-se ter um défice de 2,8% em 2015, em vez dos 1,8% previstos.

Sobre Portugal, Passos Coelho disse que o défice chegará ao final do ano aos 4% do PIB, acrescentando que o caminho da redução do défice é para continuar: “Isso significa manter uma linha de disciplina e rigor nos próximos anos e não só em 2015”.

A proposta de lei do Orçamento do Estado terá de ser submetida ao parlamento até dia 15, sendo que este sábado o Conselho de Ministros reúne-se extraordinariamente para discutir o documento.