Morrissey, é desta?

Ex-Smiths arranca nesta segunda-feira a digressão europeia no Coliseu de Lisboa. É o regresso de Morrissey a Portugal depois de 2006.

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Afirmar por isso que o concerto vai acontecer não é realmente seguro, afinal não se sabe como é que Morrissey, de 55 anos, terá acordado hoje. Tiques de vedeta, dizem uns. Manias, apontam outros. Mal-educado, há quem diga. Seja o que for, Morrissey não quer saber e os seus fãs, que nesta segunda-feira estarão no Coliseu de Lisboa, também não. Morrissey tem tando de irritante como de brilhante. Morrissey é Morrissey por isso também.

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Afirmar por isso que o concerto vai acontecer não é realmente seguro, afinal não se sabe como é que Morrissey, de 55 anos, terá acordado hoje. Tiques de vedeta, dizem uns. Manias, apontam outros. Mal-educado, há quem diga. Seja o que for, Morrissey não quer saber e os seus fãs, que nesta segunda-feira estarão no Coliseu de Lisboa, também não. Morrissey tem tando de irritante como de brilhante. Morrissey é Morrissey por isso também.

É odiado e amado, até por aqueles que o idolatram. Não é fácil perdoar que os The Smiths tenham acabado e que Morrissey não queira nem falar disso. Também por isso, já se sabe que pouco, ou até nada, se poderá ouvir da banda que marcou a música do século XX. Que assim seja, desde que Morrissey apareça, tal como aconteceu na última vez em que actuou em Portugal: em 2006 no Festival Paredes de Coura. Esqueçamos 2012 e não nos vamos lembrar também do que aconteceu já este ano quando em Junho o ex-Smiths cancelou a digressão americana depois de um concerto na Boston Opera House, justificando a decisão com “febre aguda” e “problemas respiratórios”. 

Não mais subiu aos palcos mas escolheu Lisboa para o voltar a fazer. A capital portuguesa foi a escolhida por Morrissey para dar início à digressão europeia de lançamento do seu último trabalho, World Peace Is None of Your Business.

Depois de ter decidido contar tudo em Autobiography, dando-nos a conhecer a sua vida como nunca o tinha feito, o vocalista dos Smiths editou o décimo disco de originais, cujas críticas têm sido variadas. Mais uma vez, há quem enalteça o disco e há quem diga que era desnecessário.

Seja como for, parte do alinhamento do concerto desta noite deverá ser composto com alguns destes novos temas. E depois espera-se que ande para trás e nos traga algo de álbuns como Viva Hate (o primeiro a solo, editado em 1988), Vauxhall and I, You Are the Quarry ou Years of Refusal.

É o que Morrissey quiser. Desde que apareça.