Professores começam a sentir retoma na UE, mas não em Portugal

Portugal faz parte de um grupo de países, que inclui também Chipre, Itália, Holanda, Roménia e Reino Unido, onde a redução dos salários oscilou entre 5% e 10%, conclui um relatório publicado esta sexta-feira.

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Na comparação com 2009, são visíveis os efeitos da crise nos salários dos professores da UE Adriano Miranda

O relatório divulgado esta sexta-feira pela Comissão Europeia aponta que a maioria dos países europeus registou uma subida dos salários dos professores no ano lectivo transacto – embora em muitos países os salários reais, em função do custo de vida, estejam ainda abaixo dos níveis de 2009, quando começou a crise –, mas três países registaram descidas superiores a 1%, designadamente Grécia, Chipre e Portugal.

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O relatório divulgado esta sexta-feira pela Comissão Europeia aponta que a maioria dos países europeus registou uma subida dos salários dos professores no ano lectivo transacto – embora em muitos países os salários reais, em função do custo de vida, estejam ainda abaixo dos níveis de 2009, quando começou a crise –, mas três países registaram descidas superiores a 1%, designadamente Grécia, Chipre e Portugal.

“Em Portugal, devido à crise económica, os professores também sofreram reduções de salários, à semelhança de todos os funcionários públicos. No entanto, em Junho de 2014, estas reduções foram suspensas devido à decisão do Tribunal Constitucional”, refere o documento elaborado pela Eurydice, rede europeia que elabora informação sobre os sistemas educativos na Europa.

Na comparação com 2009, indica o relatório, são visíveis os efeitos da crise nos salários dos professores na UE, pois cerca de metade dos Estados-membros aplicou cortes salariais ou procedeu a congelamentos de salários, durante um ou mais anos, pelo que os professores perderam poder de compra, embora com diferenças entre os países.

Portugal faz parte de um grupo de países, que inclui também Chipre, Itália, Holanda, Roménia e Reino Unido, onde a redução dos salários oscilou entre 5% e 10%, ainda assim longe do caso mais problemático, o da Grécia, onde as reduções rondaram os 40%.

O relatório salienta também as diferenças existentes entre os Estados-membros ao nível de progressão na carreira, apontando que Portugal é um dos países onde um professor necessita de mais tempo de docência para alcançar o topo de carreira a nível salarial, 34 anos.