Más notícias para dois bebés que à primeira vista tinham vencido o vírus

Foto
O vírus da sida já infectou 75 milhões de pessoas em todo o mundo DR

Uma das crianças, uma menina conhecida como o “bebé do Mississípi”, que nasceu infectada em 2010, foi tratada a partir das 31 horas de vida. Aos 18 meses, os médicos perderam o rasto da mãe, por isso durante dois anos o tratamento esteve interrompido. Quando a mãe reapareceu, os médicos não detectavam sinais do vírus na criança, o que levantou a hipótese de a terapia ter erradicado o vírus, ao ser tomada logo após o nascimento.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Uma das crianças, uma menina conhecida como o “bebé do Mississípi”, que nasceu infectada em 2010, foi tratada a partir das 31 horas de vida. Aos 18 meses, os médicos perderam o rasto da mãe, por isso durante dois anos o tratamento esteve interrompido. Quando a mãe reapareceu, os médicos não detectavam sinais do vírus na criança, o que levantou a hipótese de a terapia ter erradicado o vírus, ao ser tomada logo após o nascimento.

O caso do “bebé do Mississípi” foi muito falado nos media em 2013. No início deste ano, soube-se de outro bebé, nascido infectado pelo VIH em 2009, na Califórnia, e que também teria vencido esta luta. Nesta segunda criança, doses altas de anti-retrovirais começaram a ser dadas a partir das 12 horas de vida — e durante três anos, os testes não indicavam a presença do vírus. Tendo como alento o “bebé do Mississípi”, os médicos interromperam o tratamento, com o consentimento da mãe. Porém, apenas duas semanas depois os testes deram positivo para o VIH, diz agora na Lancet a equipa de Mario Clerici, da universidade de Milão (Itália), já depois da revelação de que o “bebé do Mississípi” tinha o vírus em níveis detectáveis.

“Os anti-retrovirais reduziram substancialmente a morbilidade e a mortalidade do VIH, mas não erradicam o vírus, porque não eliminam os reservatórios virais”, conclui a equipa. “A procura para uma cura do VIH continua.”