Cinco perguntas a Miguel Moreira

Apesar de terem perdido dois jogadores importantes, os portuenses vão lutar por um lugar nos seis primeiros da Divisão de Honra

Foto
Pedro Gomes

Na semana que antecede a primeira jornada da Divisão de Honra da época 2014-15, o P3 Râguebi colocou cinco questões aos 10 treinadores dos clubes que vão competir no principal escalão do râguebi português.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Na semana que antecede a primeira jornada da Divisão de Honra da época 2014-15, o P3 Râguebi colocou cinco questões aos 10 treinadores dos clubes que vão competir no principal escalão do râguebi português.

Como decorreu a preparação do CDUP para o início da época 2014-15?

Com bastantes limitações. Tenho a ajuda do Joaquim Ferreira apenas em part-time, mas tenho o auxílio dos jogadores mais velhos, que não são muitos. Os treinos começaram na última semana de Agosto e correu tudo bem. Tivemos uma afluência média em todos os treinos de cerca de 40 atletas que trabalharam bem a componente física e de campo.

Foto

Registaram-se muitas alterações no plantel em comparação com o da temporada passada?

Foto

Tivemos duas grandes perdas: o Pedro [Bettencourt] que foi para França e o Nuno [Sousa Guedes] que foi para o Direito. Quanto a entradas, chegou o ex-capitão da Agrária que veio para o Porto trabalhar e um jogador de Guimarães que já conheço há muitos anos das selecções jovens. É um grande reforço e pode ajudar muito. Para além disso, há regressos importantes como o do Martim Bettencourt e do Manuel Ferreira da Silva, que não jogaram uma única vez na última temporada, e do Miguel Trepa e do José Gama que também jogaram muito pouco.

Quais serão os objectivos do CDUP e quem serão os principais adversários?

Entre nós definimos o objectivo de chegar ao play-off. Mais do que isso seria uma utopia, menos seria redutor. É o ideal e parece-me que temos capacidade para competir com a Académica e com o Belenenses pelo sexto lugar. O Cascais disparou completamente e acredito que lute pelos primeiros lugares.

Apesar de na próxima época a Divisão de Honra contar com os mesmos 10 clubes de 2013-14, metade das equipas terá um treinador novo. Pensa que isso terá impacto na prova?

Como os jogadores se mantiveram quase todos os mesmos, o que acontecerá em todos os planteis com excepção do Cascais e do Direito, não haverá grandes diferenças. Será um campeonato onde os objectivos das equipas se vão manter idênticos em relação à época anterior.

Concorda com o actual formato do campeonato, com 10 equipas e play-off para apuramento do campeão?

Concordo. O campeonato não pode ser apenas com equipas de top. O campeonato tem que ter de tudo e é por isso que tem piada e há surpresas. Este ano fez-se o que já devia ter sido feito há mais tempo, que foi acabar com o play-off de descida. Era uma mentira. As equipas podiam andar o ano todo a brincar e perder sempre e num jogo salvar a época. Como está organizado agora parece-me muito bem.