Isabel dos Santos reforça estatuto de maior investidor de Angola em Portugal

Empresária vai ficar com parte do capital que Amorim detinha no Banco BIC.

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Isabel dos Santos tem 19% do BPI Nuno Ferreira Santos

O negócio, avançado pelo Expresso e confirmado pelo PÚBLICO, implica também a mudança de capital do Banco BIC Portugal, gerido por Mira Amaral. Também António Ruas, outro investidor, alienou a sua posição de 10% a Isabel dos Santos e a Fernando Teles.

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O negócio, avançado pelo Expresso e confirmado pelo PÚBLICO, implica também a mudança de capital do Banco BIC Portugal, gerido por Mira Amaral. Também António Ruas, outro investidor, alienou a sua posição de 10% a Isabel dos Santos e a Fernando Teles.

Com esta operação, Isabel dos Santos passa a deter 42,5% da instituição financeira, uma das maiores no mercado angolano e que assumiu uma dimensão relevante em Portugal a partir do momento que comprou o BPN ao Estado. Já Fernando Teles sobe a sua posição para 37,5%.

Nos primeiros meses deste ano, a instituição financeira liderada por Mira Amaral apresentou um resultado líquido de 3,63 milhões de euros (contra um prejuízo de 2,5 milhões de euros em idêntico período de 2013).

Actualmente, Isabel dos Santos já é o maior investidor de Angola em Portugal, a seguir à Sonangol (principal accionista do BCP), um estatuto que fica agora reforçado. O PÚBLICO tentou contactar Américo Amorim para questionar o empresário sobre a venda, mas ainda não foi possível obter um comentário.

A empresária controla a NOS em parceria com a Sonae (grupo dono do PÚBLICO), através de uma sociedade, ZOPT, que detém 50,01% do capital da empresa. É, também, a segunda maior accionista do BPI, onde detém 18,6% (via Santoro); e detém, indirectamente, capital na Gap Energia, controlada por Américo Amorim. A participação de Isabel dos Santos na petrolífera portuguesa surge através da Esperaza, onde detém 45%, cabendo à  Sonangol os restantes 55%. Por sua vez, a Esperaza é dona de 45% da Amorim Energia (a maioria do capital é de Américo Amorim), que controla 38% da Galp Energia.

Esta segunda-feira, soube-se que a petrolífera gerida por Ferreira de Oliveira ganhou um novo accionista de referência, com a Capital Research and Management Company (CRMC) a subir a sua participação para 5,035%.