Seguro apresenta queixa contra SMS de Costa
Candidatura de Costa garante ter já travado envio de SMS a apelar ao voto. Comissão eleitoral emitiu parecer. Perto de 250 mil simpatizantes e militantes socialistas escolhem hoje o candidato do PS a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas.
A queixa foi apresentada pelo director da campanha de Seguro, o ex-dirigente da UGT, João Proença. Ao todo terão sido enviados 15 mil SMS, segundo as contas da candidatura do actual líder do PS, que garante que as mensagens só pararam depois de a queixa ter sido apresentada. A equipa de Seguro acusa o oponente de “violação grosseira das regras democráticas” e conclui que, com essa “atitude”, Costa “mancha o processo eleitoral”.
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A queixa foi apresentada pelo director da campanha de Seguro, o ex-dirigente da UGT, João Proença. Ao todo terão sido enviados 15 mil SMS, segundo as contas da candidatura do actual líder do PS, que garante que as mensagens só pararam depois de a queixa ter sido apresentada. A equipa de Seguro acusa o oponente de “violação grosseira das regras democráticas” e conclui que, com essa “atitude”, Costa “mancha o processo eleitoral”.
A comissão eleitoral emitiu uma deliberação onde considerava que “devem as candidaturas abster-se de utilizar quaisquer meios de comunicação electrónica”, tendo a mesma entidade ordenado a “cessação” do envio e confirmado que a candidatura de Costa já o tinha feito, por sua iniciativa.
Contactado pelo PÚBLICO, Duarte Cordeiro, da campanha de Costa, admitiu o “lapso”, que “foi corrigido imediatamente”. Assim que foi detectado foi “suspenso”, disse Cordeiro, antes de acrescentar a convicção de que o SMS em causa chegou a um “número reduzido” do universo eleitoral. O presidente da concelhia de Lisboa não foi capaz de precisar, no entanto, quantas mensagens foram enviadas.
A comissão eleitoral revelou o teor da mensagem em causa: “Hoje não deixe de votar. O PS precisa do seu apoio. Se tiver dúvidas onde vota, ligue 808303001. Conto consigo. António Costa.”
Candidatos já votaram
Optimismo para António Costa, confiança do lado de António José Seguro. Os dois candidatos às eleições primárias deste domingo no PS já votaram num “dia histórico” para o partido e para o país. Quem sair vencedor do escrutínio será o candidato socialista a primeiro-ministro nas eleições legislativas de 2015.
António Costa foi o primeiro a votar, em Lisboa, e mostrou-se “obviamente optimista” numa vitória no sufrágio desta noite. António José Seguro votou na Guarda e mostrou-se "muito, muito confiante" no resultado das eleições.
"Eu estou muito, muito confiante no resultado destas eleições", afirmou o secretário-geral do PS aos jornalistas após ter votado cerca das 11h05. "Hoje é um dia de uma grande satisfação. É um dia histórico. Pela primeira vez realizam-se eleições primárias abertas, este é um motivo de enorme orgulho e satisfação", disse ainda.
O candidato, que foi recebido na Guarda, à porta da sede do PS local, por vários militantes e simpatizantes, foi o 95.º a exercer o voto naquela secção, onde está inscrito desde 1995.
António José Seguro é o militante do PS número 8456 da secção da Guarda, onde estão inscritos 918 militantes e simpatizantes para as eleições primárias.
Antes dele, mas em Lisboa, tinha votado António Costa, que se mostrou "obviamente optimista" na vitória e sublinhou a importância de uma expressiva adesão de militantes e simpatizantes.
"Quanto mais pessoas participarem, mais autêntica será a voz dos portugueses a expressarem-se nestas eleições e a responder à questão de quem está em melhores condições de ser o próximo primeiro-ministro", disse Costa aos jornalistas depois de votar esta manhã na sede da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL), no Saldanha.
Declarando ter notícias de "todo o país" de uma grande adesão às urnas, Costa diz estar "obviamente optimista" para uma vitória no sufrágio.
Cerca de 250 mil simpatizantes e militantes socialistas escolhem hoje entre o secretário-geral António José Seguro e o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, o candidato do PS a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas. com Lusa