Pinto da Costa critica arbitragem e receia que se repita “filme da última época”
Presidente dos “dragões” revelou que houve uma oferta para comprar o clube.
Apesar das críticas, o presidente dos “dragões” não atirou a toalha ao chão e nota este ano na equipa “uma mentalidade completamente diferente” em relação ao anterior. Parte disso é obra do novo técnico, Julen Lopetegui, que “dá alma à equipa”. Falando dos treinadores das últimas épocas, Pinto da Costa admitiu que “não transmitiam empatia aos adeptos”.
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Apesar das críticas, o presidente dos “dragões” não atirou a toalha ao chão e nota este ano na equipa “uma mentalidade completamente diferente” em relação ao anterior. Parte disso é obra do novo técnico, Julen Lopetegui, que “dá alma à equipa”. Falando dos treinadores das últimas épocas, Pinto da Costa admitiu que “não transmitiam empatia aos adeptos”.
A “mudança radical” que Pinto da Costa desejava operar no clube foi conseguida também através da “limpeza de balneário” realizada durante a pré-época. “Apercebi-me que havia jogadores que começavam a época a pensar nas possibilidades [de abandonar o clube] e tinham o coração no Deutsche Bank”, afirmou o presidente “portista”.
Na mesma entrevista, que assinalava o 123.º aniversário do clube, Pinto da Costa revelou ainda que o FC Porto teve uma proposta de um “sujeito russo” no sentido de o adquirir. “Enquanto eu cá estiver, ninguém vai comprar o Porto”, garantiu o presidente “azul e branco”, que acrescentou que foram tomadas “acções para que o FC Porto seja sempre dos adeptos”.
Pinto da Costa aproveitou ainda para criticar a postura do actual presidente da câmara do Porto, Rui Moreira, que, apesar de ser adepto do FC Porto, “não tem sido nada positivo”. “O FC Porto já viveu bem com a hostilidade de um presidente da câmara e pode viver bem com a indiferença deste”, observou Pinto da Costa.
"Senti-me vigarizado" no caso BES
O presidente do FC Porto falou ainda sobre o caso BES, dizendo sentir-se "vigarizado" pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e pelo Presidente da República, Cavaco Silva, por estes terem garantido que tudo estava bem no banco então liderado por Ricardo Salgado.
"Nunca tive, em 50 anos que joguei na bolsa, uma acção do BES. Vi as acções descer e ouvi o primeiro-ministro dizer que o BES era um banco seguro, que tinha uma almofada para pagar o dobro das dívidas que tinha. E quando ouvi o Presidente da República, mais palavra menos palavra, a dizer o mesmo, eu, que confiava no que eles diziam, pela primeira vez, e como muita gente, fui comprar acções do BES", revelou
"Senti-me vigarizado. Foram-me ao bolso", disse. "Agora, não faço ideia se o Presidente da República e o primeiro-ministro vão indemnizar os que engaram."