Costa diz que Passos Coelho deve esclarecer Tecnoforma "de uma vez por todas"

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O primeiro-ministro voltou a criticar o PSD por causa da comissão de inquérito

“Era bom que o primeiro-ministro, para defesa do seu próprio bom nome e para defesa do prestígio de instituições, esclarecesse tudo de uma vez por todas, para que não houvesse mais este 'diz que disse' e estas dúvidas”, afirmou o autarca de Lisboa à margem do comício de encerramento de campanha para as primárias do PS.

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“Era bom que o primeiro-ministro, para defesa do seu próprio bom nome e para defesa do prestígio de instituições, esclarecesse tudo de uma vez por todas, para que não houvesse mais este 'diz que disse' e estas dúvidas”, afirmou o autarca de Lisboa à margem do comício de encerramento de campanha para as primárias do PS.

Costa disse mesmo ter “pena que não tenha já hoje ficado encerrada esta questão”.

Questionado sobre se havia ficado esclarecido com as declarações de Passos Coelho no debate quinzenal na Assembleia da República, Costa respondeu: “O primeiro-ministro tem de ter outra técnica de comunicação”.

“Não pode levar uma semana para responder a uma questão e na resposta a essa questão deixar n outras por responder”, acrescentou.

O primeiro-ministro recusou hoje que se faça um "striptease" das suas contas bancárias e assegurou, na sua intervenção inicial, que, enquanto deputado do PSD (1991/1999), nunca recebeu da empresa Tecnoforma.

Passos Coelho acrescentou que fez parte de uma organização não-governamental (ONG), o Centro Português para a Cooperação, em conjunto com administradores da Tecnoforma, desenvolvendo actividades no seu entender compatíveis com as funções de deputado em exclusividade e admitiu que tenha, nesse âmbito, apresentado despesas de representação - não concretizando nem datas, nem valores.

Perante a explicação do primeiro-ministro, o líder socialista António José Seguro começou por criticá-la por ser tardia - "demorou mais de uma semana para se pronunciar" - dizendo, ainda, que Pedro Passos Coelho tentou "esconder-se atrás das instituições", primeiro da Assembleia da República, depois da Procuradoria-Geral da República.