Park(ing) Week: a arte estaciona no Porto até 27 de setembro
Um “twister” público, um jardim portátil ou uma esplanada de rolos de papel ocupam alguns dos parques de estacionamento da cidade
Já se deparou com um jogo “twister” público nas Galerias ou um jardim privativo ali para o lado dos Clérigos? Na Foz, também não se deparou com nada estranho pelo caminho? É que até 27 de Setembro, sábado, alguns parques de estacionamento de três zonas da cidade ganharam outro propósito e são galerias de arte ao ar livre.
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Já se deparou com um jogo “twister” público nas Galerias ou um jardim privativo ali para o lado dos Clérigos? Na Foz, também não se deparou com nada estranho pelo caminho? É que até 27 de Setembro, sábado, alguns parques de estacionamento de três zonas da cidade ganharam outro propósito e são galerias de arte ao ar livre.
A ideia chama-se "Park(ing Week)" e é importada de uma ideia muito parecida, a "Park(ing) Day", que já aconteceu noutras cidades do mundo, sempre a 19 de Setembro. A questão é que a Câmara do Porto achou tanta piada à iniciativa, proposta pela plataforma "Ideias à Moda do Porto", que decidiu prolongá-la de um dia para uma semana inteira.
A ideia é precisamente "ocupar lugares de estacionamento na via pública com estruturas de base artística que sensibilizem a população para o espaço que os automóveis ocupam nas nossas ruas e vidas. Sempre de uma forma divertida, promovendo a interação com o transeunte", explicam, em comunicado.
As três zonas são a rua Miguel Bombarda, não fosse esta "a rua mais artística do Porto, por princípio"; a Cândido dos Reis, na Baixa, para "que fosse visível"; e a Foz, "para criar um pólo um pouco mais afastado". Campanhã também entrava na lista, mas nunca chegaram "a obter resposta" do espaço que requisitaram, conta Gustavo Dos Santos, diretor cultural da plataforma, em entrevista ao JPN.
As obras não estão em permanência por causa da possibilidade de vandalismo, mas podem ser visitadas das 10h às 23h/24h, "conforme o dia". "Não queremos que as obras se estraguem", explica Gustavo. Mas o tempo também não tem ajudado - e a verdade é que quase todas são vulneráveis à chuva. Por isso, espera-se mais dias de sol há que os que tem havido têm registado "uma adesão muito grande", garante.
Mas para além de poderem usufruir das instalações, "qualquer pessoa pode apresentar sugestões de problemas a serem resolvidos, por exemplo", diz Gustavo. Esta semana, por exemplo, o grupo está na Rua das Carmelitas até sábado a ouvir as ideias dos cidadãos do Porto. "Pode não ter uma reposta instantânea", mas garantem que todas são anotadas e ponderadas.