Madeira vai gastar três milhões nas festas de Natal e fim do ano
Encargos serão repartidas pelos orçamentos de três anos.
Em relação ao Natal, a construção, montagem e desmontagem das iluminações decorativas foi adjudicada à Luzosfera Construções, Lda. pelo valor de 1,989 milhões de euros, revelou a Secretaria Regional Turismo e Transportes (SRTT) ao PÚBLICO. A proposta da sociedade Som ao Vivo, no montante de 1,944 milhões, foi “excluída por força da verificação de motivos de exclusão previstos e elencados no Código dos Contratos Públicos”, acrescenta aquela entidade.
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Em relação ao Natal, a construção, montagem e desmontagem das iluminações decorativas foi adjudicada à Luzosfera Construções, Lda. pelo valor de 1,989 milhões de euros, revelou a Secretaria Regional Turismo e Transportes (SRTT) ao PÚBLICO. A proposta da sociedade Som ao Vivo, no montante de 1,944 milhões, foi “excluída por força da verificação de motivos de exclusão previstos e elencados no Código dos Contratos Públicos”, acrescenta aquela entidade.
Segundo a SRTT – que convidou o arquitecto madeirense Paulo David, laureado em 2012 com a Medalha Alvar Aalto, para reorganizar e recriar o plano das iluminações – serão mantidas nestas decorações “a tradição e o cariz religioso e etnográfico da cultura madeirense, com inovação e criatividade, aproveitando os elementos arquitectónicos do património imóvel da cidade e respectivas ruas envolventes”.
Além das iluminações deste e do próximo ano, o concurso abrangia as festas de Carnaval de 2015 e 2016, cujos encargos foram programados para serem repartidas por três anos. De acordo com uma portaria publicada no Jornal Oficial da Região, a 11 de Setembro, as despesas no montante total de 2,427 milhões de euros, incluindo o IVA à taxa de 22%, serão suportadas pelos orçamentos de 2014, no valor de 169 mil euros, de 1,772 milhões em 2015 e de 485 mil euros em 2016.
Entretanto, está prestes a terminar o prazo de apresentação de propostas ao concurso para o fornecimento, instalação e queima de fogo-de-artifício na passagem do ano. O principal critério de adjudicação é a proposta economicamente mais vantajosa, entrando como factores de ponderação o número de disparos (com um coeficiente de 55%) e o preço (45%). O preço-base do procedimento é de 860 mil.
Se aos custos das iluminações e do fogo-de-artifício, acrescidos dos 22% da taxa de IVA, juntarmos os encargos com o diversificado programa de animação nessa quadra, a despesa global das festas de natal e fim-do-ano no Funchal deverá rondar os três milhões de euros. O arranque das actividades está previsto para meados do mês de Dezembro e deve seguir as linhas tradicionais com exibição de bandas filarmónicas, grupos folclóricos e grupos musicais na baixa da capital madeirense.
O programa do réveillon, considerado o maior cartaz turístico da Madeira, não foi afectado pelo Programa de Ajustamento Económico e Financeiro que impôs restrições e aumento de impostos na região para fazer face ao seu excessivo endividamento. Os seus elevados custos são assumidos como um investimento por parte do governo madeirense.
Ocupação de hotéis em 71,5%
A hotelaria madeirense registou nos sete primeiros meses deste ano um crescimento de 4,7% de dormidas face ao período homólogo de 2013. No mesmo período verificou-se um acréscimo de 9,1% nos proveitos totais e 6,1% nos hóspedes entrados, dados abaixo dos atingidos, em termos acumulados, no conjunto do país em que os hóspedes aumentaram 11,6%, as dormidas 10,8% e os proveitos 11,8%, segundo dados divulgados pelo INE.
Entre Janeiro e Julho, a estadia média na Madeira desceu para 5,4 noites, logo, com variação homóloga de menos 1,8%. O RevPAR, indicador que mede o proveito obtido por quarto disponível, teve uma subida homóloga acumulada de 7%, sendo de 36,06 euros a média dos primeiros sete meses de 2014, abaixo da média nacional na ordem dos 48,9 euros.
A taxa de ocupação na hotelaria madeirense fixou-se em 71,5% em Julho, menos 0,8 pontos percentuais homólogos, o segundo valor mais alto nas sete regiões do país, depois do Algarve (71,8%).