Segundo dia de greve de enfermeiros com concentração junto ao Ministério

Centro de saúde e hospitais funcionaram ontem a meio-gás.

Foto
Nas contas dos sindicalistas, são precisos mais 25 mil enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde Nuno Ferreira Santos
Neste segundo dia de greve nacional, o SEP promove uma concentração junto ao Ministério da Saúde, mas admite que muitos dos enfermeiros possam não comparecer para "ficarem a descansar", dado que atingiram o "limite da exaustão", uma vez que chegam a trabalhar entre dez a 20 dias seguidos, sem pausas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Neste segundo dia de greve nacional, o SEP promove uma concentração junto ao Ministério da Saúde, mas admite que muitos dos enfermeiros possam não comparecer para "ficarem a descansar", dado que atingiram o "limite da exaustão", uma vez que chegam a trabalhar entre dez a 20 dias seguidos, sem pausas.

A paralisação de hoje sucede-se a um primeiro dia de greve que na maioria dos hospitais teve uma adesão a rondar os 80%, segundo dados do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).

De acordo com o sindicato, a quase totalidade dos enfermeiros faz entre 48 a 56 horas por semana, está impedida de gozar as folgas que a lei impõe e não se perspectiva quando poderão gozar os milhares de dias em dívida.

Para o SEP, "a grave carência de enfermeiros em todas as instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não se minimiza com a contratação de apenas mais 700 enfermeiros, em 2015, além dos mil já anunciados a 18 de Setembro".

Nas contas dos sindicalistas, seriam precisos mais 25 mil enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde, a juntar aos cerca de 39 mil existentes nos serviços públicos.

O SEP exige ainda uma valorização da profissão, as 35 horas semanais de trabalho para todos, a progressão na carreira e a reposição do valor das horas suplementares e nocturnas.