Alentejo, Alentejo vale pela recolha

É a primeira vez que Sérgio Tréfaut se aproxima tanto de um registo de cinema etnográfico.

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O filme vale, essencialmente, por isso: pela recolha, pelo registo. Tanto mais que padece de uma indefinição que o limita, e que talvez pudesse ser ultrapassada com outra duração (os filmes de Sérgio Tréfaut, quase sempre, deixam-nos a sensação de que deviam durar muito mais tempo…); uma indefinição, dizíamos, entre o tratamento do “cante” enquanto “matéria”, áspera, dura, essencial, e o contorno sócio-histórico, os depoimentos e os elementos de contexto. Alguma coisa na articulação destes dois aspectos acaba por contribuir para lhes retirar peso, também aligeirando o filme. 

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O filme vale, essencialmente, por isso: pela recolha, pelo registo. Tanto mais que padece de uma indefinição que o limita, e que talvez pudesse ser ultrapassada com outra duração (os filmes de Sérgio Tréfaut, quase sempre, deixam-nos a sensação de que deviam durar muito mais tempo…); uma indefinição, dizíamos, entre o tratamento do “cante” enquanto “matéria”, áspera, dura, essencial, e o contorno sócio-histórico, os depoimentos e os elementos de contexto. Alguma coisa na articulação destes dois aspectos acaba por contribuir para lhes retirar peso, também aligeirando o filme. 

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