Um acordo possível para agradar à UGT
O acordo do Governo com os patrões e os sindicatos (à excepção da CGTP) para aumentar o salário mínimo de 485 para os 505 euros foi conseguido, segundo Pedro Mota Soares, porque "toda a gente cedeu um bocadinho". O que não é bem assim. Os patrões só estavam dispostos a subir o valor até aos 500 euros e a UGT só estava disposta a aceitar 505 euros. Quem cedeu? A UGT conseguiu o que queria, logo pouco ou nada cedeu. Os patrões só queriam pagar 500 euros e a diferença para os 505 euros que vão ter de pagar será em grande parte subsidiada pelo Governo através de uma descida de 0,75 pontos na TSU dos que recebem salário mínimo. O Governo teve de pagar literalmente um preço para conseguir este consenso na concertação social. Mas, depois de três anos de congelamento por imposição da troika, era importante desbloquear as diferenças entre os parceiros e colocar o salário mínimo num patamar de maior dignidade.
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O acordo do Governo com os patrões e os sindicatos (à excepção da CGTP) para aumentar o salário mínimo de 485 para os 505 euros foi conseguido, segundo Pedro Mota Soares, porque "toda a gente cedeu um bocadinho". O que não é bem assim. Os patrões só estavam dispostos a subir o valor até aos 500 euros e a UGT só estava disposta a aceitar 505 euros. Quem cedeu? A UGT conseguiu o que queria, logo pouco ou nada cedeu. Os patrões só queriam pagar 500 euros e a diferença para os 505 euros que vão ter de pagar será em grande parte subsidiada pelo Governo através de uma descida de 0,75 pontos na TSU dos que recebem salário mínimo. O Governo teve de pagar literalmente um preço para conseguir este consenso na concertação social. Mas, depois de três anos de congelamento por imposição da troika, era importante desbloquear as diferenças entre os parceiros e colocar o salário mínimo num patamar de maior dignidade.