PSD tem "uma pedra no lugar do coração" na disputa entre Costa e Seguro

Marco António Costa não espera "nada de muito positivo, seja qual for a escolha que venha a acontecer" no PS.

"Nessas matérias, tenho uma pedra no lugar do coração, não temos estados de alma. Quem tem de escolher os seus dirigentes é o PS. Temos de respeitar uma total e absoluta separação. O PSD não pode nem deve de forma alguma pronunciar-se sobre isso. O professor Marcelo, na qualidade de comentador, pode e deve. É uma opção própria", afirmou Marco António Costa, à margem de um encontro com a União Geral de Trabalhadores (UGT), em Lisboa.

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"Nessas matérias, tenho uma pedra no lugar do coração, não temos estados de alma. Quem tem de escolher os seus dirigentes é o PS. Temos de respeitar uma total e absoluta separação. O PSD não pode nem deve de forma alguma pronunciar-se sobre isso. O professor Marcelo, na qualidade de comentador, pode e deve. É uma opção própria", afirmou Marco António Costa, à margem de um encontro com a União Geral de Trabalhadores (UGT), em Lisboa.

O dirigente social-democrata foi questionado sobre o terceiro e último debate televisivo entre o secretário-geral socialista e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e a opinião do antigo presidente do PSD, o comentador político Marcelo Rebelo de Sousa, que confessara que o seu "coração" queria um triunfo de Seguro, mas a "razão" lhe dizia que Costa seria o vencedor das "primárias" de domingo.

"Tem sido um debate muito táctico e pessoalizado, com poucas propostas concretas para os problemas do país", criticou Marco António Costa, defendendo que o PSD tem de "aguardar que se resolva a contenda interna, de forma democrática e desejando que o PS ultrapasse esta fase da sua vida e que procure passar a ser um parceiro na construção de soluções para a sociedade portuguesa".

"Não o foi nos últimos três anos, não tem sido nestes três meses, que seja, pelo menos, no último ano que falta para terminar a legislatura", desejou, frisando que, "enquanto porta-voz do PSD" deve "manter uma total isenção e não proferir qualquer comentário em relação a essa matéria".

"O que nos interessa é que o candidato que venha a sair das próximas eleições possa significar algo de positivo para o diálogo que temos de ter. Muito sinceramente, não quero antecipar nem ser pessimista, por aquilo que vimos nestes três meses de debate interno, não espero nada de muito positivo, seja qual for a escolha que venha a acontecer", disse.