Os dois alvos de Obama na Síria
Há um ano os EUA estavam a um passo de atacar a Síria, numa altura em que o regime de Bashar al-Assad estava a usar armas químicas na guerra civil. A ameaça do grupo jihadista Estado Islâmico levou Barack Obama a mudar o alvo dos ataques aéreos em território sírio. Esses ataques começaram na madrugada desta terça-feira. Obama obteve um trunfo que foi conseguir que cinco países árabes participassem nos bombardeamentos contra um outro país árabe, legitimando os ataques em termos de diplomacia perante os países da região, muitos dos quais olham para os aviões dos EUA no Médio Oriente com bastante desconforto. Como os EUA e Assad partilham o mesmo inimigo, o Estado Islâmico, importa também garantir que os ataques não sirvam para perpetuar Assad no poder. Além do apoio directo que Obama tem dado ao Exército Livre da Síria, uma aliança com países da região poderá ajudar também a travar uma guerra civil que já dura há três anos e que já matou 200 mil pessoas.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Há um ano os EUA estavam a um passo de atacar a Síria, numa altura em que o regime de Bashar al-Assad estava a usar armas químicas na guerra civil. A ameaça do grupo jihadista Estado Islâmico levou Barack Obama a mudar o alvo dos ataques aéreos em território sírio. Esses ataques começaram na madrugada desta terça-feira. Obama obteve um trunfo que foi conseguir que cinco países árabes participassem nos bombardeamentos contra um outro país árabe, legitimando os ataques em termos de diplomacia perante os países da região, muitos dos quais olham para os aviões dos EUA no Médio Oriente com bastante desconforto. Como os EUA e Assad partilham o mesmo inimigo, o Estado Islâmico, importa também garantir que os ataques não sirvam para perpetuar Assad no poder. Além do apoio directo que Obama tem dado ao Exército Livre da Síria, uma aliança com países da região poderá ajudar também a travar uma guerra civil que já dura há três anos e que já matou 200 mil pessoas.