Apelo a unidade da esquerda enviado a nove partidos

O texto do apelo, dirigido “à esquerda e a todos os que se abstiveram” - e a que o PÚBLICO teve acesso -, diz que nas eleições de Maio a “derrocada dos partidos de direita não foi compensada com a hegemonia eleitoral do PS” e que está mesmo ameaçada a alternância entre PS e PSD.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O texto do apelo, dirigido “à esquerda e a todos os que se abstiveram” - e a que o PÚBLICO teve acesso -, diz que nas eleições de Maio a “derrocada dos partidos de direita não foi compensada com a hegemonia eleitoral do PS” e que está mesmo ameaçada a alternância entre PS e PSD.

“Que ninguém duvide: esta é a oportunidade histórica para que a esquerda se una”, defendem os subscritores. E desafiam: “Formemos um movimento comum de esquerda, sem temer a diluição de cada força partidária dentro de uma acção mais vasta.” A intenção é formar um movimento pré-eleitoral que traga uma “real alternativa de governação” que cuide do “bem comum e da justiça” – o objectivo da política que a esquerda deveria reivindicar.

O apelo foi enviado às direcções do PS, PCP, PEV, BE, Livre, PCTP/MRPP, MAS, POUS e PH e é encabeçado por Pedro Ferreira e Tomás Maia.

Para além dos partidos políticos de matriz de esquerda, o chamamento estende-se aos abstencionistas. “A unidade da esquerda dirige-se [também] à maioria da população que se tem abstido: quando já pouco resta de democracia em Portugal, o direito de votar tornou-se num dever.”

O tempo urge, lembram os subscritores. “Não há muitas abertas na história para que um movimento popular dê voz a si mesmo pacificamente e com os meios vigentes. Não hesitemos – antes que seja tarde para a democracia. E está a ficar tarde em Portugal e na Europa.”