Uns dançaram, outros não, mas todos querem uma Escócia mais forte

Vencidos e vencedores: reacções depois de uma noite eleitoral.

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A desilusão de quem votou a favor da independência Russell Cheyne/Reuters

Phil Wheeler, esse sim, era um escocês satisfeito. “Gostaria de pensar que Alex Salmond está agora escondido no seu bunker”, disse este apoiante do partido Liberal-Democrata. “Espero sinceramente que agora possamos avançar com um calendário para um Reino Unido federal, com a Escócia com líder.”

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Phil Wheeler, esse sim, era um escocês satisfeito. “Gostaria de pensar que Alex Salmond está agora escondido no seu bunker”, disse este apoiante do partido Liberal-Democrata. “Espero sinceramente que agora possamos avançar com um calendário para um Reino Unido federal, com a Escócia com líder.”

Do lado dos derrotados, muitas vozes avisaram que a luta vai continuar. Do lado dos vitoriosos, responderam que agora não é tempo de lutar mas sim de garantir que os partidos políticos de Westminster vão mesmo cumprir a promessa de dar mais autonomia à Escócia.

“Estou chateada”, disse Alexandra McKintosh que, aos 16 anos, votou pela primeira vez na sua vida. “Westminster não se preocupa tanto com a Escócia como com a Inglaterra. Não confio neles.”

O deputado liberal democrata Mike Crockart garantiu que o trabalho “começa hoje”. “Temos que dar aquilo que o povo pediu – uma Escócia forte dentro do Reino Unido”. Interrogado sobre se exigências semelhantes para dar mais poder a Inglaterra poderiam vir baralhar as coisas, respondeu que “isso não pode interpor-se no processo de dar aos escoceses aquilo que eles pediram”

“Já tive noites melhores. Mas isto é a democracia em acção”, disse um desiludido Bathgate, piloto de submarinos na indústria petrolífera. “Ainda temos o nosso parlamento e agora vamos ter de apanhar todas as migalhas que os partidos lá do sul nos atirarem”.

Uma radiante e sorridente Sheila Gilmore, deputada trabalhista, disse que agora é tempo de avançar. “As pessoas ouviram, pensaram e tiveram a sua palavra. Agora é tempo de tratar das coisas práticas, a saúde, a educação e a assistência social. Temos de encontrar soluções”

Amie Robertson, uma estudante de 20 anos que votou pelo "sim" estava sem perceber porque é que o “sim” perdeu: “O que é que correu mal? Não sei. Só sei que as pessoas querem mudança, estão a exigir mudança”.