Vila Franca de Xira inaugura Biblioteca Municipal de 5,75 milhões
Uma vez por mês, o novo equipamento terá concertos de músicas do mundo e com solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
A autarquia de Vila Franca pretende transformar este novo equipamento construído junto ao cais da cidade num verdadeiro centro cultural, aproveitando, para além das zonas de leitura e de consulta, o auditório, a sala polivalente e a galeria de exposições. O problema principal será o da falta de estacionamento na zona envolvente, até porque os edifícios previstos para uma urbanização já aprovada para a faixa ribeirinha situada imediatamente a sul da biblioteca não deverão avançar nos próximos anos.
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A autarquia de Vila Franca pretende transformar este novo equipamento construído junto ao cais da cidade num verdadeiro centro cultural, aproveitando, para além das zonas de leitura e de consulta, o auditório, a sala polivalente e a galeria de exposições. O problema principal será o da falta de estacionamento na zona envolvente, até porque os edifícios previstos para uma urbanização já aprovada para a faixa ribeirinha situada imediatamente a sul da biblioteca não deverão avançar nos próximos anos.
Alberto Mesquita, presidente da Câmara vila-franquense, sublinha que a necessidade de uma nova biblioteca na sede de concelho já era evidente há alguns anos, mas que foi difícil encontrar os meios financeiros para um projecto desta natureza. No âmbito do Programa de Regeneração Urbana, a autarquia conseguiu um financiamento comunitário da ordem dos 65%, suportando com meios próprios cerca de 2 milhões de euros num investimento total de 5,75 milhões. “Se não tivéssemos aproveitado naquela altura os fundos comunitários, dificilmente teríamos conseguido construir esta biblioteca”, acrescenta o autarca, frisando que esta obra com 3200 metros quadrados veio requalificar um espaço importante da cidade, onde é possível desfrutar de vistas de “rara beleza” sobre a cidade, o Tejo e a Lezíria.
De acordo com Alberto Mesquita, a câmara está a concluir um estudo preliminar que irá definir as prioridades de reabilitação urbana no concelho, onde a zona do cais de Vila Franca, ainda com muita construção degradada e devoluta, poderá ser uma das prioridades de intervenção. Já quanto à falta de estacionamento de apoio à nova biblioteca, o eleito do PS admite o problema, mas salienta que os terrenos vizinhos disponíveis são privados. “Sabemos que a área de estacionamento é reduzida, é o espaço que existe. Estamos na expectativa de que haja a possibilidade de encontrar outras soluções de estacionamento. Se conseguirmos no espaço que temos iremos fazê-lo, mas isso poderá gerar também uma habituação que depois será difícil alterar”, reconhece o edil.
Já Fernando Paulo Ferreira, vice-presidente da câmara e responsável pelo pelouro da cultura, explicou que já está delineada uma primeira fase de dinamização deste novo equipamento, que “permita dar a esta biblioteca uma dinâmica e uma actividade diárias, com actividades muito diversificadas que vão para além da literatura”. Na galeria de exposições será inaugurada, neste sábado, uma mostra de fotografia de Afonso Burnay, intitulada “Nasci com um passaporte de turista”, que se baseia muito na relação entre os escritores e os locais que visitaram e sobre os quais escreveram. Haverá, também, animação com zés pereiras, pintura ao vivo, concerto pela Orquestra de Cordas do Conservatório Regional Silva Marques, dança e dj’s.
“Ao longo do ano temos um programa previsto de apresentação de livros com escritores e editores, sessões de animação de leitura para o público infantil e visitas guiadas, porque sabemos que será um local muito procurado, nos primeiros meses, por pessoas que querem vir conhecê-lo”, prevê Fernando Paulo Ferreira, acrescentando que na nova biblioteca haverá, também, acções de formação sobre segurança na utilização da Internet, ciclos de cinema, teatro e uma programação musical com sessões de jazz e ‘jam session’ nas noites de sexta-feira. Uma vez por mês, o novo equipamento cultural terá concertos de “músicas de Mundo” e haverá, ainda, concertos com solistas da Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML), no âmbito de um protocolo a celebrar entre a Câmara vila-franquense e a OML. Os grupos culturais locais terão, também, o seu espaço com concertos nas tardes de domingo, que vão arrancar com grupos corais. “A ideia é que este espaço seja um pólo de encontro de diferentes expressões culturais, com uma programação cultural que envolva também os agentes locais”, conclui.