Portugueses gastaram mais de 440 milhões de euros em reparações e substituições de smartphones

Estudo de empresa norte-americana indica que um em cada três portugueses teve um problema com o seu dispositivo.

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4% dos portugueses inquiridos partiram o ecrã do telemóvel e usam-no mesmo danificado DR

O trabalho desenvolvido pela empresa norte-americana Square Trade, especializada em plano de protecção de equipamentos tecnológicos, revela que, nos últimos dois anos, 28% dos portugueses com smartphones estragaram o aparelho e um em cada três teve um problema com o seu dispositivo.

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O trabalho desenvolvido pela empresa norte-americana Square Trade, especializada em plano de protecção de equipamentos tecnológicos, revela que, nos últimos dois anos, 28% dos portugueses com smartphones estragaram o aparelho e um em cada três teve um problema com o seu dispositivo.

Entre os problemas mais comuns, o estudo destaca o deixar cair o smartphone na casa de banho. Pelo menos 9% dos utilizadores questionados pela Square Trade tiveram este acidente. Por sua vez, 8% dos portugueses esqueceram-se do telemóvel em cima do carro e arrancaram com a viatura, 7% danificaram o aparelho enquanto assistiam a um jogo e 3% “lavaram” o smartphone juntamente com a roupa que colocaram na máquina de lavar. Entre estas percentagens, destaca-se ainda a dos portugueses que partiram o ecrã do telemóvel e que o usam mesmo danificado, 4%.

A maioria dos acidentes registados foi com líquidos. Pelo menos 78% casos registados no estudo envolveram água e 16% outro tipo de líquidos. Foi em casa que acontecem cerca de metade dos acidentes (51%) e em 20% dos casos a culpa da avaria foi de terceiros e não do utilizador.

Os portugueses são ainda mais susceptíveis de terem smartphones acidentados quando têm menos de 45 anos (150%), se tiverem animais domésticos (81%), se forem homens (43%), se o aparelho for um iPhone (30%) e se houver crianças por perto (29%).

Em qualquer dos casos em que o smartphone ficou danificado, 58% dos portugueses inquiridos esperaram sete ou mais dias por uma reparação ou pela substituição do dispositivo.

Dos dados obtidos com o estudo realizado em Agosto, junto de 13 mil utilizadores de 18 países europeus, no caso de Portugal o director do departamento Europa da Square Trade, a funcionar em Londres, considera, numa nota enviada ao PÚBLICO, que “não deixa de ser interessante saber que um em cada três portugueses teve um problema nos últimos dois anos e quatro em cada 100 têm neste momento o vidro danificado”.

Para Kevin Gillan, além da possível imprudência do utilizador, há que ter em conta a “capacidade de resistência dos telefones e a sua forma de utilização”. “Cada vez mais os aparelhos concorrem entre si para serem mais finos e leves, tornando-se mais expostos e menos robustos a determinados e inesperados acontecimentos”, argumenta.

A questão de muitas das vezes o utilizador não ter a “noção de grande custo que têm [os aparelhos], depois de adquiridos”, também é salientada por Gillan. “Tipicamente, só percebemos quando temos um problema”.