Novo director do Coliseu quer “imprimir um novo ritmo” à sala portuense

Presidente da Câmara do Porto diz que a casa de espectáculos tem "todas as condições" para funcionar.

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Paulo Pimenta

Quando fala de um novo ritmo, o professor e crítico Paz Barroso fala de “um novo ritmo financeiro”, mas, sobretudo, “de um novo ritmo ao nível da programação”, diz. “É uma sala com características muito emblemáticas, que não pode ter produção própria, mas tem de dialogar com outros grandes palcos da cidade”, defende o novo presidente da associação que gere a maior sala de espectáculos do Porto há 18 anos.

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Quando fala de um novo ritmo, o professor e crítico Paz Barroso fala de “um novo ritmo financeiro”, mas, sobretudo, “de um novo ritmo ao nível da programação”, diz. “É uma sala com características muito emblemáticas, que não pode ter produção própria, mas tem de dialogar com outros grandes palcos da cidade”, defende o novo presidente da associação que gere a maior sala de espectáculos do Porto há 18 anos.

Eduardo Paz Barroso tem, por isso, na agenda, “dialogar” com os responsáveis das outras salas de concertos, mas também com “produtores, artistas, equipas ligadas à promoção de espectáculos”, em busca de “complementaridades” e em que “a articulação com o [Teatro Municipal] Rivoli” surge como um ponto central. “Temos uma margem muito grande de trabalho e há uma curiosidade renovada sobre o Coliseu, que se sente. Mas vivemos num tempo em que temos de nos adaptar uns aos outros e todos temos de ter essa capacidade de adaptação”, disse, numa referência à concorrência entre os diferentes palcos da cidade.

Sobre a instabilidade financeira do Coliseu, que fechou o ano de 2013 com um prejuízo de 129 mil euros, mas vai receber, durante um ano, o apoio de 100 mil euros da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Eduardo Paz Barroso, diz que encontrar mais mecenas é “uma tarefa à qual atribui a maior importância”. “[O apoio da Santa Casa] é um apoio importante que foi tratado pelos sócios principais. Não tive qualquer intervenção directa neste processo, mas este, como outros apoios que possam surgi, são muito bem-vindos. Os tempos estão maus, mas conto com o empenho que me foi garantido, pessoal e institucional, dos principais accionistas”.

À margem de uma conferência de imprensa sobre o futuro do Pavilhão Rosa Mota, Rui Moreira descreveu Paz Barroso como “uma pessoa que toda a cidade do Porto conhece, com larga experiência como programador e na área do teatro”, salientando que a sua escolha foi feita em “consenso absoluto” dos três accionistas.

O presidente da câmara saudou, também, o apoio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que além da componente financeira “irá trazer novos públicos ao Coliseu”, já que a contrapartida pelos 100 mil euros é o fornecimento de bilhetes para pessoas carenciadas. À nova direcção, desejou que tenha a “agilidade para ir buscar outro tipo de apoios e para mudar e articular o Coliseu de forma diferente com o Porto e os municípios vizinhos”.