Demonstrações de arte em mais casas privadas. Esta é a principal novidade da quarta edição do “Guimarães Noc Noc”, um evento organizado pela Associação Cultural Ó da Casa e que reúne artistas de várias áreas, num roteiro que se estende pelo centro de Guimarães. 

Demonstrações de arte em mais casas privadas. Esta é a principal novidade da quarta edição do “Guimarães Noc Noc”, um evento organizado pela Associação Cultural Ó da Casa e que reúne artistas de várias áreas, num roteiro que se estende pelo centro de Guimarães. 

A realizar-se nos dias 4 e 5 de Outubro, o evento conta com mais de 400 artistas distribuídos por mais de 70 espaços. Esta é, por isso, a edição mais extensa desde 2011, ano em que se realizou pela primeira vez o evento. 

“Criar um evento onde se possa partilhar arte e mostrar o trabalho dos artistas” é, para Isabel Alves, membro da organização, o principal objectivo do “

Ó da Casa" href="http://www.guimaraesnocnoc.com" target="_blank">Guimarães Noc Noc”, que acaba também por ser uma forma de “ligação com a cidade, com o território, com a comunidade, com as pessoas”.

Desde exposições de fotografia e de ilustração, pintura, escultura, videoarte, música, passando pela performance, poesia ou dança são várias as áreas artísticas que podem ser apreciadas pelo público. Os artistas são provenientes de várias partes do país, mas há também participantes da Alemanha, do Brasil, da Bulgária, de Espanha, da França e do México. 

Para além de ocuparem este ano um maior número de casas privadas, os artistas também vão estar espalhados por locais de interesse cultural, nunca antes abertos ao público desta forma, como os Claustros da Igreja de S. Francisco. 

“Mais intimista” é assim que Isabel Alves caracteriza esta edição. “Nesta quarta edição percebemos que precisávamos reinventar-nos, voltar às origens, um Guimarães Noc Noc mais intimista, com mais casas privadas, com mais espaços desconhecidos, abrir o mistério e creio que conseguimos”, explicou ao P3. 

Uma vez que se circunscreve ao centro de Guimarães, o roteiro do “noc noc” pode ser realizado a pé. No entanto, como este ano o percurso é mais extenso, a organização apela à utilização de bicicletas, as quais podem ser decoradas “à la noc noc”, na sede das operações (no Tribunal da Relação, na Rua da Rainha). 

Para facilitar a identificação e o acesso por parte do público, será colocada uma sinalética nos espaços em que os artistas se inscreveram, sendo-lhe atribuído um número. Ao longo dos dias “noc noc” serão entregues mapas da cidade e do espaço onde se desenvolve o evento com números assinalados, onde a cada número corresponde um artista e o respectivo projecto artístico que é possível encontrar nesse espaço. Dessa forma, os visitantes podem escolher quais os espaços que pretendem visitar. 

A sinaléctica é, por enquanto, um mistério e assim continuará a ser até à manhã de 4 de Outubro. No entanto, Isabel Alves adianta que será “uma reinvenção contemporânea da tradição”. 

Este ano, os mais novos também não são esquecidos. A casa “mini mini noc noc”, situada na Assembleia de Guimarães (na Rua Professor Egas Moniz), é destinada às crianças. Workshops, lançamento de livros infantis, narração oral, pintura facial, ilustração e música são algumas das actividades que preenchem a programação de 5 de Outubro.

A cerimónia de abertura do “Guimarães Noc Noc” realiza-se às 15 horas de sábado, dia 4 de Outubro, na Praça da Oliveira, e contará com uma viagem pelo tempo. No entanto, o aquecimento para o “noc noc” acontece logo na sexta-feira à noite, no dia 3, na Associação Convívio, às 22 horas. O evento termina no domingo, pelas 19 horas.