Cidade chinesa cria faixa para peões que andam a falar ao telemóvel

Iniciativa da cidade chinesa de Chongqing pretende agilizar a circulação dos que não usam dispositivos móveis

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CHINA DAILY/AFP

Pode ser bastante aborrecido andar atrás de alguém que vai a falar ou a escrever mensagens no telemóvel. As pessoas distraem-se enquanto utilizam o aparelho, o ritmo a que andam é alterado, entre paragens e arranques, e muitos deixam de andar em linha recta e ziguezagueiam pelo passeio levando a inevitáveis encontrões. Na cidade chinesa de Chongqing foi criada recentemente aquela que se pensa ser a solução para o problema.

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Pode ser bastante aborrecido andar atrás de alguém que vai a falar ou a escrever mensagens no telemóvel. As pessoas distraem-se enquanto utilizam o aparelho, o ritmo a que andam é alterado, entre paragens e arranques, e muitos deixam de andar em linha recta e ziguezagueiam pelo passeio levando a inevitáveis encontrões. Na cidade chinesa de Chongqing foi criada recentemente aquela que se pensa ser a solução para o problema.

Num passeio de uma zona turística da cidade foi criado um corredor dividido em duas linhas. Ao longo de cerca de 50 metros os pedestres podem escolher entre a linha para quem quer andar e a destinada a quem fala ou escreve ao telemóvel.

O corredor é semelhante aos criados para os ciclistas e está dividido entre “Telemóveis não” e qualquer coisa como “Telemóveis, ande por sua conta e risco”.

A experiência já tinha sido testada em Janeiro na movimentada 18th Street, no centro de Washington, EUA, no âmbito de um trabalho da National Geographic para uma série televisiva de ciência. Apesar de temporária, muitos transeuntes ignoraram o facto de poderem escolher qual a linha que lhe era mais útil, enquanto outros optaram pela faixa para os utilizadores de telemóveis mas uns metros mais à frente acabavam por ir parar à outra.

Nong Cheng, porta-voz da empresa que criou o corredor na cidade chinesa, a Meixin, explicou à Associated Press que a divisão do passeio é útil numa zona onde “muitos idosos e crianças circulam” e quando “andar com um telemóvel pode causar encontrões desnecessários”.

A agência pediu um balanço ao mesmo responsável sobre a iniciativa, inspirada na experiência da National Geographic, mas a resposta não foi muito positiva. “Os que estão a usar os telemóveis não reparam nas marcas no passeio”. Os que se apercebem limitam-se a tirar fotografias à sinalética de aviso, o que piora a circulação, conta o responsável.

A criação de uma faixa destinada a utilizadores de telemóveis pode não estar a receber a atenção desejada mas é de sublinhar que esta surge quando o uso de dispositivos como smartphones, smartwatches e tablets se torna cada vez mais vulgar. Com a tecnologia a progredir a nível diário e a expectativa de mais um aparelho usável a chegar ao mercado, no futuro, criar corredores para dois tipos de pessoa pode vir a tornar-se uma realidade nas cidades, onde dentro de poucas décadas poderemos ter drones a cruzarem-se sobre as nossas cabeças e carros sem condutor nas estradas.