Papa alerta para terceira guerra mundial, "disputada em fragmentos"
Francisco foi a cemitério militar no Norte de Itália dizer que todos os conflitos armados são "irracionais".
Não é a primeira vez que Francisco alerta que o mundo se encaminha para uma espiral de violência que urge travar – tinha-o feito num discurso no mês passado em que citou um amigo que falava na hipótese de estar já em marcha uma nova guerra mundial. Neste sábado, repetiu o alerta durante uma cerimónia no maior cemitério militar de Itália evocativa do centenário do início da Primeira Grande Guerra.
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Não é a primeira vez que Francisco alerta que o mundo se encaminha para uma espiral de violência que urge travar – tinha-o feito num discurso no mês passado em que citou um amigo que falava na hipótese de estar já em marcha uma nova guerra mundial. Neste sábado, repetiu o alerta durante uma cerimónia no maior cemitério militar de Itália evocativa do centenário do início da Primeira Grande Guerra.
“A guerra é irracional, o seu único plano é a destruição”, afirmou o Papa na homilia em Redipuglia, no Norte do país, onde estão sepultados cem mil soldados que morreram entre 1914 e 1918. “Todas as pessoas cujos restos aqui estão depositados tinham projectos, tinham sonhos, mas as suas vidas foram interrompidas. E a humanidade diz: o que me importa isso?”. “Mesmo hoje, após o segundo fracasso de uma outra guerra mundial, talvez possamos falar já de uma terceira guerra, disputada em fragmentos, com crimes, massacres e destruição”, alertou.
Desde a sua eleição, em Março de 2013, Francisco tem centrado o seu pontificado na necessidade de promoção da paz – no ano passado contestou mesmo os planos dos EUA para um ataque à Síria. Mas em Agosto considerou que seria justificado o uso da força para travar a “agressão injusta” do Estado Islâmico, denunciando a perseguição movida contra as minorias do Iraque, incluindo as centenas de milhares de cristãos forçados ao exílio.