Estratégia de Obama deve repensar a Síria
Não fazer nada no caso do autodenominado Estado Islâmico (EI) não é opção, como ontem disse o novo vice-primeiro-ministro do Iraque, o curdo Hoshyar Zebari. Mas o plano que Barack Obama apresentou não só não convenceu os seus aliados como deixou no ar um ponto delicado: uma intervenção aérea na Síria contra forças do EI. Se no Iraque os bombardeamentos são consentidos e até pedidos pelo Governo, como forma de suster o avanço do EI e ganhar terreno aos radicais islâmicos, fazer o mesmo na Síria obrigaria a uma (impensável) autorização do Governo de Bashar Al-Assad ou, em alternativa, a uma decisão do Conselho de Segurança da ONU. Se tal não acontecer e os bombardeamentos na Síria ocorrerem à revelia de qualquer autorização, poderá a Rússia achar-se com “legitimidade” para fazer o mesmo na Ucrânia? Não foi por acaso que o MNE russo já falou em “violação da legislação internacional”. Obama deve pensar antes de agir.
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Não fazer nada no caso do autodenominado Estado Islâmico (EI) não é opção, como ontem disse o novo vice-primeiro-ministro do Iraque, o curdo Hoshyar Zebari. Mas o plano que Barack Obama apresentou não só não convenceu os seus aliados como deixou no ar um ponto delicado: uma intervenção aérea na Síria contra forças do EI. Se no Iraque os bombardeamentos são consentidos e até pedidos pelo Governo, como forma de suster o avanço do EI e ganhar terreno aos radicais islâmicos, fazer o mesmo na Síria obrigaria a uma (impensável) autorização do Governo de Bashar Al-Assad ou, em alternativa, a uma decisão do Conselho de Segurança da ONU. Se tal não acontecer e os bombardeamentos na Síria ocorrerem à revelia de qualquer autorização, poderá a Rússia achar-se com “legitimidade” para fazer o mesmo na Ucrânia? Não foi por acaso que o MNE russo já falou em “violação da legislação internacional”. Obama deve pensar antes de agir.