O lado brilhante da força
Se formos máquinas de criar empatia, mais tarde ou mais cedo as pessoas com quem nós criámos empatia acabam por estar mais abertas a retribuir a gentileza
Pode parecer ingénuo mas acredito que se tivermos uma atitude positiva relativamente aos outros as coisas boas começam a chegar a nós. Não me refiro a algo divino ou saído de uma superstição (longe disso!). Refiro-me simplesmente à criação de empatia.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Pode parecer ingénuo mas acredito que se tivermos uma atitude positiva relativamente aos outros as coisas boas começam a chegar a nós. Não me refiro a algo divino ou saído de uma superstição (longe disso!). Refiro-me simplesmente à criação de empatia.
Se formos simpáticos, mais tarde ou mais cedo as pessoas com quem nós criámos empatia acabam por estar mais abertas a retribuir a gentileza. Isto para dizer que estas coisas funcionam de forma recíproca: aquilo que damos aos outros e a forma como o damos está ligado àquilo que depois recebemos. E isto é apenas um facto. Cada vez mais, em sociedade, precisamos das outras pessoas e precisamos que essas pessoas gostem de nós.
Basta dedicar um pouco de tempo a observar as melhores acções de marketing das grandes empresas do mundo e ver que, neste momento, caso as intenções das pessoas ou das marcas soem a “interesse” este facto é imediatamente detectado. E as nossas acções tornam-se num factor de afastamento em vez de aproximação.
No entanto, há pessoas e instituições que ainda não perceberam isto e continuam a seguir a doutrina do ódio. Todos conhecemos várias pessoas para quem tudo é “mau, péssimo e uma vergonha”. Esses são os “haters” (aqueles que odeiam, numa tradução livre). Para essas pessoas, todas as iniciativas que se façam são de péssima qualidade e intenção duvidosa. Quanto a esses, sinceramente acho que já não há grande coisa a fazer: já as perdemos para o Dark Side como Obi-Wan perdeu Anakin Skywalker/Darth Vader.
Mas atenção: todos nós temos um lado “dark” que temos de dominar a toda a hora. Por isso, mesmo que nos consideremos boas pessoas é possível haver em nós alguns vestígios do lado negro da força. Sempre que pensamos em dizer mal de uma iniciativa ou pessoa devemos reavaliar e pensar o que pode estar por trás de decisões que, à primeira análise, nos parecem desastrosas. Pensemos que podemos estar a julgar um facto sem conhecer todo o contexto. Podemos estar a cair no lado negro da força e a transformarmo-nos num Sith Lord (os maus do “Star Wars”).
Tudo está em permanente mudança. Vejam que cada vez mais se fala em empreendedorismo social, negócio social e em impacto social sustentável. Cada vez mais se fala em grandes projectos que conjugam técnicas empresariais com impacto social e isso é sinal que temos mais preocupações para além do super-lucro o que acaba por contrastar com o neo-liberalismo que se vive política e economicamente no mundo ocidental. E, cada vez mais, as pessoas que são realmente boas naquilo que fazem, impulsionam os outros à sua volta (mesmo quando isso parece um contra-senso, principalmente quando isso parece um contra-senso).
Deixo um apelo: abracem o lado brilhante da força, é muito mais sexy, vai trazer-vos muito mais vantagens ao longo da vida e, sejamos realistas, o lado negro é obsoleto e já passou de moda.