Banca deve actuar com princípios éticos "irrepreensíveis", diz novo administrador do Banco de Portugal

A ministra das Finanças deu posse nesta quarta-feira a António Varela e a Hélder Rosalino.

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Carlos Costa teme impactos da incerteza política JORGe MIGUEL GONÇALVES/NFACTOS

 "Senhores banqueiros, tal como fazemos um reset no telemóvel quando ele bloqueia, temos que nos aplicar na reconfiguração das nossas instituições e do nosso modelo de negócio", disse o novo responsável pela supervisão prudencial do BdP durante a sua tomada de posse, numa cerimónia em Lisboa. A ministra das Finanças deu posse nesta quarta-feira a António Varela e a Hélder Rosalino como administradores do BdP, que substituem Teodora Cardoso e José Silveira Godinho.

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 "Senhores banqueiros, tal como fazemos um reset no telemóvel quando ele bloqueia, temos que nos aplicar na reconfiguração das nossas instituições e do nosso modelo de negócio", disse o novo responsável pela supervisão prudencial do BdP durante a sua tomada de posse, numa cerimónia em Lisboa. A ministra das Finanças deu posse nesta quarta-feira a António Varela e a Hélder Rosalino como administradores do BdP, que substituem Teodora Cardoso e José Silveira Godinho.

António Varela ficará responsável pela pasta da supervisão prudencial e das questões relacionadas com o mecanismo único de supervisão e Hélder Rosalino será o gestor dos trabalhadores da instituição.Para Varela - que integrou até agora o Conselho de Administração do Banif, nomeado pelo Governo -, é necessário ainda que a banca questione o seu governo societário e "verdadeiramente as capacidades e as motivações das pessoas que o protagonizam"."Acima de tudo, actuar com princípios éticos irrepreensíveis", disse durante o discurso de tomada de posse, durante o qual adiantou que quer contribuir para que a supervisão "saia reforçada no diálogo, humildade e rigor"."Estamos bem cientes do momento económico, financeiro e bancário da Europa e de Portugal", afirmou ainda.A propósito, o novo administrador lembrou ainda que nos últimos anos se desenvolveram sistemas e produtos bancários "complexíssimos" e acrescentou: "Às vezes, esquecemo-nos de que somos seres humanos, falíveis".A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, por sua vez, afirmou no seu discurso que a confiança entre o BdP e o Governo "sai reforçada" com esta nomeação."Mais do que substituir administradores, é fundamental o reforço de competências nas áreas mais críticas, aportando valor à instituição e ao país", destacou a governante.Para Maria Luís Albuquerque, a supervisão, enquanto "área absolutamente crítica para assegurar a estabilidade financeira e as condições de financiamento essenciais ao crescimento sustentável, não podia ter melhor titular do que Antonio Varela".