Independência, uma marcha imparável?

A mais recente edição da revista Time ostenta na capa a palavra EXIT, substituindo o X pela bandeira da Escócia (que, como se sabe, tem a Cruz de Santo André, a branco sobre fundo azul). Ora a palavra “exit”, saída, que aplicada ao referendo escocês parecia uma longínqua miragem, aproxima-se de algo bem real. Pela primeira vez, uma sondagem dá agora ao “sim”, ou seja, à independência e à separação do Reino Unido, uma maioria de 51% contra 49% dos unionistas. A subida, sustentada no tempo, leva o Governo britânico a acenar com uma ainda maior autonomia caso ganhe o “não”. No entanto, para os ferrenhos independentistas, isso equivalerá a oferecer a um preso prestes a ser libertado uma estadia prolongada na prisão, mas com boas refeições e tratamento de luxo. Será, talvez, tarde para promessas do género. Mas não é tarde para pensar já no “dia seguinte”, de modo a que a Europa se ressinta o menos possível dos estragos.

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A mais recente edição da revista Time ostenta na capa a palavra EXIT, substituindo o X pela bandeira da Escócia (que, como se sabe, tem a Cruz de Santo André, a branco sobre fundo azul). Ora a palavra “exit”, saída, que aplicada ao referendo escocês parecia uma longínqua miragem, aproxima-se de algo bem real. Pela primeira vez, uma sondagem dá agora ao “sim”, ou seja, à independência e à separação do Reino Unido, uma maioria de 51% contra 49% dos unionistas. A subida, sustentada no tempo, leva o Governo britânico a acenar com uma ainda maior autonomia caso ganhe o “não”. No entanto, para os ferrenhos independentistas, isso equivalerá a oferecer a um preso prestes a ser libertado uma estadia prolongada na prisão, mas com boas refeições e tratamento de luxo. Será, talvez, tarde para promessas do género. Mas não é tarde para pensar já no “dia seguinte”, de modo a que a Europa se ressinta o menos possível dos estragos.