Irlanda prepara pagamento ao FMI
Antecipação do reembolso vai ser analisado esta sexta-feira pelos países da zona euro. Portugal pode optar pelo mesmo caminho.
Para já, a ideia do ministro das Finanças irlandês, Michael Noonan, passa por reembolsar a organização com sede em Washington através de três tranches, de cinco mil milhões de euros cada uma. O primeiro reembolso deverá ocorrer ainda este ano. A estratégia foi apresentada formalmente na segunda-feira junto do Comissário Europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros Jyrki Katainen.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Para já, a ideia do ministro das Finanças irlandês, Michael Noonan, passa por reembolsar a organização com sede em Washington através de três tranches, de cinco mil milhões de euros cada uma. O primeiro reembolso deverá ocorrer ainda este ano. A estratégia foi apresentada formalmente na segunda-feira junto do Comissário Europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros Jyrki Katainen.
De acordo com Noonan, citado pela agência Reuters, Katainen indicou apoiar o plano, e aguardava “mais informações” para pode ter “uma noção mais exacta” do que está em causa. Antes do encontro com os restantes membros da zona euro, Noonan vai reunir-se, quinta-feira, com o presidente do BCE, Mário Draghi, com o presidente do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e com o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.
Ao dar este passo junto do FMI, a Irlanda abre um precedente que pode ser seguido por outros países intervencionados pela troika de credores, como Portugal. Até ao momento, o governo português ainda não deu nenhum passo formal no sentido de antecipar o pagamento de parte do empréstimo, seja para poupar juros, seja para evitar picos de reembolsos.
A reunião do Eurogrupo servirá também para debater a actual conjuntura económica, com a zona euro a atravessar um período de arrefecimento no crescimento. A Itália já veio defender uma revisão das metas do défice.