Convenção de Novembro do Bloco vai ser com delegados e não aberta a aderentes
Dos 80 dirigentes, apenas 61 estiveram presentes
A Mesa Nacional, órgão máximo do partido entre convenções, aprovou o regulamento da IX Convenção do BE, que decorrerá nos dias 22 e 23 de Novembro, em Lisboa, tendo prevalecido a proposta apresentada pela Comissão Política.
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A Mesa Nacional, órgão máximo do partido entre convenções, aprovou o regulamento da IX Convenção do BE, que decorrerá nos dias 22 e 23 de Novembro, em Lisboa, tendo prevalecido a proposta apresentada pela Comissão Política.
De acordo com a informação prestada por João Semedo aos jornalistas após a reunião, a proposta de cerca de 19 elementos da Mesa Nacional, eleitos pela lista B, foi recusada, tendo obtido apenas 15 votos. Enquanto a proposta da Comissão Política, da eleição de um delegado por um conjunto de 15 aderentes, conseguiu 43 votos. Registaram-se, também, três abstenções. De acordo com estes resultados, dos 80 membros da Mesa Nacional do Bloco, só 61 estiveram este sábado presentes na reunião que decorreu num hotel de Lisboa.
A proposta para que a Convenção fosse aberta aos aderentes que se inscrevessem como delegados, visava, segundo João Madeira revelou ao PÚBLICO (ver edição de 4 de Setembro) o "relançamento da participação" num "momento difícil" da vida do partido.
“A evolução mais recente do Bloco de Esquerda, o declínio eleitoral, a saída de dirigentes e de correntes fundadoras transporta-nos para uma situação de dificuldade de resposta à conjuntura”, explicou então João Madeira. Para aquele dirigente, constatava-se” uma situação de agravamento das condições internas” do Bloco.
“Nesse sentido, uma convenção aberta à participação directa seria um passo, um sinal, que o Bloco de Esquerda devia dar à sociedade”, destacou. Então, João Madeira admitiu que a proposta que subscrevia seria defendida por outros dirigentes do BE. “Temos conhecimento que há dirigentes eleitos pela maioria actual que estão a apresentar emendas nesse sentido ao projecto de regulamento da comissão política”, disse, recusando-se, contudo, a identificá-los.
Afinal, o que Madeira definia como “convergência de posições” acabou por não se verificar.