Vantagem numérica salvou os Wallabies
Um ensaio a dois minutos do fim garantiu à Austrália o primeiro triunfo no Rugby Championship de 2014
Um início de jogo prometedor, um final de partida emocionante e, pelo meio, quase uma hora de um confronto desinteressante, mal disputado e com erros sucessivos de ambos os lados. Confirmando os maus desempenhos de Wallabies e Springboks na ronda anterior, o duelo entre australianos e sul-africanos foi pouco estimulante e, no final, acabou por ganhar a equipa que soube aproveitar melhor as asneiras do adversário. Rob Horne, a dois minutos do fim, garantiu a vitória da Austrália por 24-23.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Um início de jogo prometedor, um final de partida emocionante e, pelo meio, quase uma hora de um confronto desinteressante, mal disputado e com erros sucessivos de ambos os lados. Confirmando os maus desempenhos de Wallabies e Springboks na ronda anterior, o duelo entre australianos e sul-africanos foi pouco estimulante e, no final, acabou por ganhar a equipa que soube aproveitar melhor as asneiras do adversário. Rob Horne, a dois minutos do fim, garantiu a vitória da Austrália por 24-23.
A pesada derrota dos australianos na Nova Zelândia (20-51) e o imerecido triunfo dos sul-africanos na Argentina (33-31) colocavam as duas equipas sob pressão para a terceira jornada do Rugby Championship de 2014 e os rumores de um possível despedimento de Ewen McKenzie em caso de nova derrota circularam com insistência durante a última semana na imprensa australiana.
Porém, o seleccionador dos Wallabies deve ter respirado de alívio com o início da partida: com apenas 81 segundos, o inevitável Israel Folau fez o primeiro ensaio do jogo (5-0). Os sul-africanos, que até aí não tinham tocado na bola, reagiram bem. Aos 7’, Morne Steyn reduziu (5-3) e, aos 13’, Cornal Hendricks fez o toque de meta concluindo uma boa circulação de bola africana (5-8). O duelo prometia, mas foi falso alarme.
Com faltas sucessivas, passes disparatados e erros pouco habituais em jogos deste nível, o jogo foi-se arrastando ao ritmo das penalidades convertidas por Foley e Steyn e, a 15 minutos do final, a África do Sul vencia por 23-14. Sem brilharem, os Springboks pareciam ter a partida controlada perante a inépcia ofensiva dos Wallabies, mas a 15 minutos do fim o duelo sofreu uma reviravolta.
No jogo 100 com a camisola sul-africana, Bryan Habana viu um cartão amarelo depois de cometer uma placagem alta sobre Adam Ashley-Cooper e em desvantagem numérica, a equipa de Heyneke Meyer cedeu.
A 11 minutos do fim, Foley converteu uma penalidade e colocou a primeira vitória da Austrália à distância de um ensaio transformado (17-23) e na última dezena de minutos a África do Sul foi empurrada para a sua área de 22 metros. Com mais um homem em campo, os Wallabies arriscaram o tudo ou nada e depois de os Springboks terem aguentado uma primeira investida da equipa da casa, aos 78’ os australianos conseguiram abrir o jogo e depois de uma rápida circulação de bola até à ponta, Rob Horne fintou dois sul-africanos e fez o ensaio. Na respectiva conversão, Foley não tremeu e fez o 24-23 final.
Resultados:
Austrália-Nova Zelândia, 12-12
África do Sul-Argentina, 13-6
Nova Zelândia-Austrália, 51-20
Argentina-África do Sul, 31-33
Nova Zelândia-Argentina, 28-9
Austrália-África do Sul, 24-23
Classificação:
1.º - Nova Zelândia, 12 pontos
2.º - África do Sul, 9 pontos
3.º - Austrália, 6 pontos
4.º - Argentina, 2 pontos