Jovens erradamente condenados por violação recebem indemnização de 41 milhões de dólares

Em 1989, quatro adolescentes negros e um hispânico foram falsamente acusados de violar uma economista branca de 28 anos. Um juiz ordenou agora que recebam um milhão de dólares por cada um dos 13 anos que passaram na prisão.

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Trisha Meili, a economista que foi violada no Central Park

É o final de uma longa saga judiciária que se arrastava há 25 anos. Os cinco homens agora ilibados e indemnizados eram adolescentes quando se deu o crime. Quatro deles foram filmados pela polícia a confessar a violação, e o quinto foi comprometido pelos restantes. Mas todos eles afirmaram depois ter sido intimidados e coagidos a assinar falsas confissões.

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É o final de uma longa saga judiciária que se arrastava há 25 anos. Os cinco homens agora ilibados e indemnizados eram adolescentes quando se deu o crime. Quatro deles foram filmados pela polícia a confessar a violação, e o quinto foi comprometido pelos restantes. Mas todos eles afirmaram depois ter sido intimidados e coagidos a assinar falsas confissões.

Apesar de o ADN colhido no local do crime apontar para um só atacante e não coincidir com o de nenhum dos cinco acusados, foram todos condenados à pena máxima aplicável a menores e cumpriram 13 anos de prisão efectiva. A sentença foi anulada e saíram em liberdade em 2002, quando Matias Reyes, um raptor e violador condenado a prisão perpétua por vários crimes, declarou que fora ele que assaltara Meili, e que o fizera sozinho. Provas de ADN confirmariam depois a veracidade da sua confissão.

Após 13 anos indevidamente presos, os cinco jovens tiveram ainda de esperar mais doze até que a justiça americana os indemnizasse pelos anos de liberdade que lhes roubou. Cada um deles vai receber agora cerca de um milhão de dólares (772 mil euros) por cada ano que passou na prisão.

O presidente da Câmara de Nova Iorque, o democrata Bill de Blasio, já se felicitou por este desenlace, que considerou um “acto de justiça”, lamentando apenas que não tenha chegado mais cedo. “Podemos finalmente encerrar o assunto, e estes cinco homens e respectivas famílias poderão começar a sarar as feridas e a seguir em frente”, afirmou ainda o autarca.

Este caso deu já origem a um documentário do cineasta Ken Burns, co-dirigido com a sua filha Sarah e David McMahon, intitulado The Central Park Five, estreado nos EUA no final de 2012.