PJ detém ex-bombeiro suspeito de atear mais de 50 fogos na Guarda e em Viseu
Homem de 25 anos, desempregado, terá ateado os fogos "num quadro típico de puro incendiarismo".
Segundo uma nota do Departamento de Investigação Criminal da PJ da Guarda, o detido, desempregado, com 25 anos, está "fortemente indiciado" da prática de várias dezenas de incêndios florestais registados nos distritos de Guarda (concelhos de Seia e Guarda) e de Viseu (concelho de Nelas).
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Segundo uma nota do Departamento de Investigação Criminal da PJ da Guarda, o detido, desempregado, com 25 anos, está "fortemente indiciado" da prática de várias dezenas de incêndios florestais registados nos distritos de Guarda (concelhos de Seia e Guarda) e de Viseu (concelho de Nelas).
Os incêndios ocorreram entre 2011 e a presente data, "com particular incidência no período compreendido entre os meses de Junho e Setembro do corrente ano", refere.
O detido, que já integrou uma corporação de bombeiros voluntários e de sapadores florestais, "terá agido sempre num quadro típico de puro incendiarismo". Segundo a PJ, os incêndios terão sido ateados com recurso a um isqueiro em diferentes pontos da mancha florestal, "só não tendo atingido proporções ainda maiores devido à rápida e eficaz intervenção dos bombeiros e de alguns populares".
A PJ refere ainda que alguns dos incêndios agora imputados ao detido "demandaram a afectação contínua de um elevado número de recursos humanos e materiais, de várias corporações de bombeiros do distrito na Guarda".
As chamas consumiram várias centenas de hectares de floresta e de terrenos agrícolas, formados por várias espécies de árvores e abundante vegetação, alguns localizados em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, que causaram "elevados danos ecológicos e prejuízos patrimoniais".
O suspeito vai ser presente às autoridades judiciárias para primeiro interrogatório judicial e aplicação de adequadas medidas de coacção.