José Eduardo Gomes, um maestro com apenas 31 anos
O músico vai dirigir a Orquestra Sinfónica do Porto dia 6 de Setembro, sábado, num concerto gratuito promovido pela Casa da Música na Avenida dos Aliados, no Porto
José Eduardo Gomes é, com apenas 31 anos, maestro convidado em várias orquestras do país e do mundo e maestro titular no Coro do Círculo Portuense de Ópera e na Orquestra Clássica da FEUP. Para o músico, “a competência não tem idade”. Aos seis anos, começou a tocar clarinete. Sábado, dia 6 de Setembro, o artista vai dirigir a Orquesta Sinfónica do Porto num concerto gratuito na Avenida dos Aliados. O evento encerra Verão na Casa, uma iniciativa da Casa da Música.
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José Eduardo Gomes é, com apenas 31 anos, maestro convidado em várias orquestras do país e do mundo e maestro titular no Coro do Círculo Portuense de Ópera e na Orquestra Clássica da FEUP. Para o músico, “a competência não tem idade”. Aos seis anos, começou a tocar clarinete. Sábado, dia 6 de Setembro, o artista vai dirigir a Orquesta Sinfónica do Porto num concerto gratuito na Avenida dos Aliados. O evento encerra Verão na Casa, uma iniciativa da Casa da Música.
Tem apenas 31 anos mas está ligado à música há já 25. “Quando aprendi a tocar a minha primeira música teria os meus seis ou sete. Mas não tenho muita memória do início do meu percurso, já foi há muito tempo”, afima o músico ao P3. Ainda assim, humildemente, garante que “na carreira de maestro só ao fim de 50 anos é que se começa a perceber o que é, de facto, dirigir uma orquestra”.
O jovem músico sente-se um privilegiado por fazer aquilo que gosta. “Às vezes os mais novos perguntam-me qual é o melhor ramo a seguir e eu respondo que tem de ser aquele de que nós gostamos — porque a precariedade é tão grande em todas as áreas que ao menos que nos valha fazermos aquilo que de gostamos”, sugere.
Não existem outros músicos na família de José (embora a mãe seja uma apreciadora). Para o maestro o apoio dos pais e da família foram fulcrais no seu sucesso. “Sempre acreditaram em mim”, conta. “Se não fossem eles eu não tinha chegado aqui. Há 20 anos era muito complicado os pais aceitarem este tipo de futuro, de artista. Normalmente o caminho era ser engenheiro, advogado, médico ou professor. Mas não. Eles sempre apoiaram a minha vocação”, continua.
Considera o seu percurso na música “muito normal”. Iniciou-se na área em Famalicão, onde nasceu. A partir daí seguiu sempre “o percurso normal de um músico profissional”, ainda enquanto clarinetista. O “bichinho” de dirigir orquestras surgiu com o tempo. José refere que foi mais ou menos com 18 anos que esse desejo se começou a manifestar-se.
“Fascinava-me ver o maestro lá à frente, comecei a fazer alguns cursos, algumas formações paralelas à minha actividade enquanto clarinetista e comecei a perceber que ser maestro era o que, de facto, queria fazer para o resto da vida”, recorda. Houve um momento da sua carreira, enquanto músico, que marcou particularmente a tomada desta decisão. “Num concerto com a Orquestra Filarmónica de Munique, aqui no Coliseu do Porto, há mais de 10 anos, pensei que gostava realmente de um dia estar à frente de uma orquestra.
Existe, ainda, um concerto que marcou, especialmente, o maestro no início do seu percurso na direcção de orquestras. Um concerto na noite de São João com a Orquestra Sinfónica do Porto, na Casa da Música. “Foi muito marcante porque é uma noite de muita tradição no Porto, foi um momento muito mágico”, remata.