A Feira do Livro que a Câmara do Porto escolheu abre esta sexta-feira
Feira fica instalada na Avenida das Tílias do Palácio de Cristal até ao dia 21 de Setembro
Os pavilhões estão montados, os nomes das editoras, livreiros e alfarrabistas já constam de cada um deles e, em alguns casos, até já há livros alinhados nas prateleiras à espera dos primeiros compradores. Mas também há ainda muitos pavilhões de persianas corridas e alguns com as estantes que irão receber os livros ainda envolvidas em celofane. Certo é que a feira abre amanhã, na Avenida das Tílias do Palácio de Cristal, ficando por ali até 21 de Setembro, com uma vasta programação cultural à mistura.
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Os pavilhões estão montados, os nomes das editoras, livreiros e alfarrabistas já constam de cada um deles e, em alguns casos, até já há livros alinhados nas prateleiras à espera dos primeiros compradores. Mas também há ainda muitos pavilhões de persianas corridas e alguns com as estantes que irão receber os livros ainda envolvidas em celofane. Certo é que a feira abre amanhã, na Avenida das Tílias do Palácio de Cristal, ficando por ali até 21 de Setembro, com uma vasta programação cultural à mistura.
Na manhã desta quinta-feira, Rui Moreira, Paulo Cunha e Silva e Hugo Neto, administrador da empresa municipal Porto Lazer, passaram pela exposição (quase pronta) de ilustração infantil, na biblioteca, viram Juliana Moura fazer acrobacias no trapézio montado ao ar livre e percorreram toda a Avenida das Tílias, e os diversos espaços da feira – as barracas de venda, a zona dedicada às gastronomia, passando pela Concha Acústica. Ao fundo, uma surpresa: três pavilhões da Calendário das Letras ostentam, afinal, o nome da Leya, a editora que, em conjunto com a Porto Editora, prometia ser a grande ausente da festa.
Os livros da Leya vão estar à venda, nos três pavilhões que integram o bloco da Calendário das Letras e onde se arrumam outras chancelas. Paulo Cunha e Silva sorri, diz que “só falta [na feira] quem não quis estar”, insiste que o acesso não foi barrado a ninguém.
Aos jornalistas, Rui Moreira reforça que todos os que queiram terão lugar na feira, no próximo ano. “Ainda conseguimos acomodar mais sete ou oito stands. Virá quem quiser”, disse o autarca, que não quis valorizar a quebra de negociações com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que esteve na origem desta nova feira, integralmente organizada pelo município.
A decisão levou a uma nova concepção da feira – que o vereador quer transformar num “festival literário” –, um novo local (o regresso ao Palácio de Cristal) e um novo calendário (Setembro, em vez dos tradicionais Maio e Junho).
Agora que tudo está a postos para as mais de duas semanas de feira, um dos testes que terá de ser passado é precisamente o da época escolhida. Não por causa do boletim meteorológico e da ameaça de chuva, que parece nunca abandonar a feira, independentemente da época do ano em que se realiza, mas por causa das despesas das famílias com o arranque do ano escolar.
Elvira Santos, da editora Mosaico das Palavras, e João Fontes, da editora Europa-América, estão curiosos para ver se Setembro será bom para a feira. “O local é óptimo, tenho medo é da época”, diz Elvira. “Ninguém tem dinheiro para isto, com a época escolar, com a história do BES… E o livro é um bem supérfluo”, acrescenta João. Ele defende que a câmara poderia fazer a feira em Setembro, mas mantendo também a de Junho. Elvira também acha. “Devia-se manter a outra, em Junho”, diz.
Rui Moreira diz que, para já, a data apontada para as futuras Feiras do Livro será mesmo Setembro. O balanço final do evento poderá ditar alguns ajustes.