Governo da África do Sul diz que não vai permitir o golpe de Estado no Lesoto
Primeiro-ministro fugiu do país quando soldados tomaram o quartel-general da polícia.
"Embora ninguém admita ter tomado o poder à força, é evidente [que a operação] das Forças Armadas do Lesoto tem todo o aspecto de um golpe de Estado", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Clayson Monyela, numa conferência de imprensa.
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"Embora ninguém admita ter tomado o poder à força, é evidente [que a operação] das Forças Armadas do Lesoto tem todo o aspecto de um golpe de Estado", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Clayson Monyela, numa conferência de imprensa.
O primeiro-ministro deste pequeno Estado que fica dentro da África do Sul, Thomas Thabane, fugiu do país e apesar de já ter dado uma entrevista à estação de rádio sul-africana ENCA não revelou o seu paradeiro. Disse ter fugido quando soldados tomaram o quartel-general da polícia.
Thabane disse que o seu Governo está à procura da ajuda dos estados vizinhos, nomeadamente da África do Sul. Adiantou que os militares andam à sua procura, e também por isso está num local secreto.
"Não é a primeira vez que o Exército do Lesoto se comporta assim", disse Thabane, adiantando que foi feito um grande esforço para "converter o Exército num órgão sujeito à autoridade civil".
O Lesoto, que tem dois milhões de habitantes, tornou-se independente do Reino Unido em 1966 e é membro da Commonwealth. Thabane, que disse que continua no seu cargo, é primeiro-ministro desde 2012. As legislativas estão marcadas para 2017.