Mais 828 militantes do PS-Braga com quotas pagas

Candidato à distrital do PS denuncia novos pagamentos de quotas a militantes, enquanto a sua adversária diz-se alvo de um "assassinato político" por parte dos barões.

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Nelson Garrido

“Nas últimas eleições para a concelhia de Famalicão, em Dezembro de 2013, o número de militantes naquela secção com capacidade eleitoral activa era apenas de 456 militantes. A 4 de Julho de 2014, o número de militantes na referida secção com capacidade eleitoral activa para a eleição dos órgãos da federação de Braga prevista para Setembro era somente de 20”, afirma a candidatura, em comunicado, revelando que "no dia 8 de Julho (passados quatro dias) o número de militantes dessa secção com capacidade eleitoral activa subiu abruptamente para 848".

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“Nas últimas eleições para a concelhia de Famalicão, em Dezembro de 2013, o número de militantes naquela secção com capacidade eleitoral activa era apenas de 456 militantes. A 4 de Julho de 2014, o número de militantes na referida secção com capacidade eleitoral activa para a eleição dos órgãos da federação de Braga prevista para Setembro era somente de 20”, afirma a candidatura, em comunicado, revelando que "no dia 8 de Julho (passados quatro dias) o número de militantes dessa secção com capacidade eleitoral activa subiu abruptamente para 848".

"Em menos de uma semana, 828 regularizaram subitamente as quotas”, diz a candidatura, precisando que “dos 828 militantes em causa, 719 tinham a sua militância suspensa, vários há anos de quotas em atraso e não tinham qualquer participação nos últimos actos eleitorais do partido”.

A  sua adversária nas eleições directas, Maria José Gonçalves acusou terça-feira a candidatura de Joaquim Barreto de ultrapassar "tudo que é admissível", declarando estar a ser alvo de um "assassinato político" por ter "preocupado" muitos "barões".

Em conferência de imprensa, a candidata abordou o “folhetim” de militantes já falecidos  que surgiram nos cadernos eleitorais da concelhia na qual é militante com quotas pagas e considerou que este é um argumento "insensível, insensato e indecorosamente utilizado na praça pública”, apontado pela candidatura de Barreto como argumento para pôr em causa a transparência do acto eleitoral marcado para dia 6 de Setembro. E aproveitou para desmentir declarações que lhe são atribuídas. "Nunca admiti que esses eventuais pagamentos pudessem ter sido feitos por familiares dos falecidos, muito menos como uma espécie de homenagem".