NATO planeia criar bases no Leste da Europa para conter a Rússia

Secretário-geral anuncia decisões na cimeira de Cardiff na próxima semana.

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Anders Fogh Rasmussen, o secretário-geral da NATO, diz que não haverá divergência sna cimeira de Cardiff Reuters

Rasmussen adiantou que o assunto será debatido na cimeira da Aliança Atlântica que se realiza em Cardiff na próxima semana e disse que, nessa altura, as divergências entre os membros sobre o tema estarão resolvidas e que se chegará a um acordo para o posicionamento de tropas junto à fronteira russa.

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Rasmussen adiantou que o assunto será debatido na cimeira da Aliança Atlântica que se realiza em Cardiff na próxima semana e disse que, nessa altura, as divergências entre os membros sobre o tema estarão resolvidas e que se chegará a um acordo para o posicionamento de tropas junto à fronteira russa.

A crise na Ucrânia é o motor desta nova abordagem de segurança, disse o secretário-geral, adiantando ainda que será discutido também um plano de ajuda à Ucrânia, que passa pelo apoio à modernização das forças armadas deste país.

A criação de bases permanentes no Leste da Europa tem dividido os aliados (existe apenas uma, na Polónia). França, Espanha e Itália têm-se manifestado contra, Reino Unido e EUA a favor. A Alemanha, segundo uma fonte da NATO que falou com o jornal The Guardian, está hesitante por não querer provocar a Rússia.

Questionado directamente sobre se, no futuro, haverá bases permanentes da NATO no Leste da Europa, Rasmussen respondeu: "A resposta curta é 'sim'. Mas  para evitar mal entendidos, acrescento também esta frase: 'enquanto for preciso'".

A fonte do Guardian adiantou que o que estará em discussão será o envio de tropas da NATO para países aliados e que em momento algum na cimeira de Cardiff se ouvirá a frase "bases permanentes". A fonte falou na possibilidade de existir um esquema de rotatividade, com o quartel-general na região fronteiriça a rodar entre mais do que um país.

Ainda assim, esta opção implica, como explicou Rasmussen, a existência de equipamento e homens, assim como de instalações. "O objectivo é que o potencial agressor saiba que em caso de agressão a um país membro terá que contar também com as tropas da NATO", disse o secretário-geral.