FC Porto e Lille tiveram o prémio que mereciam

"Dragões" voltaram a vencer o Lille, desta vez por 2-0, e carimbaram o acesso à principal prova de clubes da UEFA.

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Seis dias depois de uma vitória cristalina em Lille, Lopetegui repetiu o “onze” do primeiro duelo, deixando um claro sinal do que pretende para o FC Porto. O treinador espanhol povoou o meio-campo com jogadores que privilegiam a posse de bola, abdicando da verticalidade (e risco) que Quaresma, por exemplo, pode trazer. Com Casemiro na posição “6”, Herrera e Rúben Neves um pouco mais à frente e Óliver Torres e Brahimi nos flancos, este FC Porto parece tricotar a bola, mas alguma previsibilidade simplifica a tarefa ao adversário.

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Seis dias depois de uma vitória cristalina em Lille, Lopetegui repetiu o “onze” do primeiro duelo, deixando um claro sinal do que pretende para o FC Porto. O treinador espanhol povoou o meio-campo com jogadores que privilegiam a posse de bola, abdicando da verticalidade (e risco) que Quaresma, por exemplo, pode trazer. Com Casemiro na posição “6”, Herrera e Rúben Neves um pouco mais à frente e Óliver Torres e Brahimi nos flancos, este FC Porto parece tricotar a bola, mas alguma previsibilidade simplifica a tarefa ao adversário.

Porém, nos primeiros minutos, com um par de boas arrancadas de Brahimi e Torres, os “dragões” desbarataram a defesa francesa. À semelhança do que tinha acontecido em Lille e em Paços de Ferreira, foi o afoito Rúben Neves o primeiro a ameaçar (6’). Dois minutos depois, Jackson pareceu ser agarrado dentro da área e, logo de seguida, o colombiano ficou a centímetros do golo.

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Os franceses pareciam perdidos em campo, mas o gás “azul e branco” não perdurou. O Lille acertou as marcações a meio-campo e ofensivamente o FC Porto eclipsou-se. Até ao intervalo, pertenceria ao Lille a melhor oportunidade (Maicon salvou os portistas aos 29’) e, para além desse susto, Lopetegui teve um contratempo: Alex Sandro foi substituído por Reyes devido a lesão.

Com os 8,6 milhões de euros que fase de grupos garante presos por um golo, o intervalo foi vivido nas bancadas com apreensão, mas Yacine Brahimi sossegou os “azuis e brancos”: aos 49’, o franco-argelino marcou com classe um livre directo e serenou o Dragão.

Sem Kalou (ficou na bancada e deve abandonar o clube) e Martin (lesionado), esperava-se que René Girard arriscasse um pouco e desse criatividade à equipa com as entradas de Ronny Lopes e Ryan Mendes, mas o treinador francês demorou a mexer e o FC Porto agradeceu: aos 68’, Evandro (tinha entrado para o lugar de Rúben Neves) estendeu a passadeira a Brahimi, que seguiu o exemplo e ofereceu a Jackson o 2-0.

As poucas dúvidas estavam definitivamente dissipadas: au revoir Lille, este FC Porto, que continua sem sofrer golos, é de outro campeonato. O primeiro exame de Lopetegui está superado.

Ficha de jogo
FC Porto, 2
Lille, 0

Jogo no Estádio do Dragão, no Porto.
Assistência 45.208 espectadores.

FC Porto Fabiano, Danilo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro (Diego Reyes, 39'), Casemiro (Ricardo, 85'), Rúben Neves (Evandro, 62'), Herrera, Brahimi, Óliver Torres e Jackson Martínez.
Treinador Julen Lopetegui.

Lille Enyeama, Béria, Rozehnal, Kjaer, Souaré, Mavuba, Balmont, Gueye (Delaplace, 77'), Corchia (Marcos Lopes, 71'), Origi e Roux (Ryan Mendes, 67').
Treinador René Girard.

Árbitro Kim Thomas Haglund (Noruega).
Amarelos Ryan Mendes (70'), Balmont (81') e Béria (89').

Golos 1-0, Brahimi, 49 minutos. 2-0, Jackson Martinez, 69.