All Blacks mostraram quem manda

A Nova Zelândia não deu qualquer hipótese à Austrália na segunda jornada do Rugby Championship

Desta vez não ficaram dúvidas para ninguém: A Nova Zelândia está muitos furos acima da actual Austrália. Após um primeiro confronto condicionado pela chuva onde os neozelandeses estiveram irreconhecíveis, o segundo duelo no Rugby Championship entre All Blacks e Wallabies terminou com uma vitória categórica da formação da casa: 51-20.

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Desta vez não ficaram dúvidas para ninguém: A Nova Zelândia está muitos furos acima da actual Austrália. Após um primeiro confronto condicionado pela chuva onde os neozelandeses estiveram irreconhecíveis, o segundo duelo no Rugby Championship entre All Blacks e Wallabies terminou com uma vitória categórica da formação da casa: 51-20.

A Austrália até entrou a ganhar, mas os três pontos de Kurtley Beale, com pouco mais de 60 segundos decorridos, foram apenas o princípio do fim australiano. Aos 7’, os All Blacks já ganhavam por 6-3 e o cartão amarelo a Richie McCaw aos 12’, onde Beale aproveitou para empatar (6-6), apenas serviu para mostrar que no Eden Park 14 neozelandeses eram mais fortes do que 15 australianos.

Nos 10 minutos em que McCaw esteve de fora, a bola nunca saiu do meio-campo australiano e Aaron Cruden voltou a dar vantagem à Nova Zelândia (9-6). O regresso de McCaw coincidiu com novo amarelo, desta vez para Rob Simmons, e com o peso da balança invertido, 14 australianos não tiveram argumentos para parar 15 neozelandeses.

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Com a vantagem numérica, os All Blacks encostaram os Wallabies às cordas e aos 27’, o árbitro Romaine Poite penalizou a Austrália com um ensaio-penalidade após uma formação-ordenada e a Nova Zelândia passou para a frente, por 16-9. A formação de Ewen McKenzie ainda tentou reagir, mas o atrevimento resultou em novo golpe sofrido: aos 30’, uma perda de bola num ataque australiano deu origem a um contra-ataque neozelandês que terminou com o toque de meta de Julian Savea (23-6).

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Na segunda parte a tendência não se alterou. Com os três-quartos australianos desafinados (a opção de Beale por Foley voltou a não resultar) e o “pack” avançado sem capacidade para travar McCaw e companhia, os All Blacks, em apenas 10 minutos, deram o golpe final: entre os 49’ e 59’, um ensaio de Kieran Read e um “bis” de McCaw fizeram disparar o marcador para 44-6.

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Com a ameaça de saírem de Auckland com a mais pesada derrota da história dos confrontos com os All Blacks (43-6 é o resultado mais desnivelado entre as duas selecções), o orgulho Wallabie surgiu e os dois jogadores mais influentes da equipa amenizaram o peso do desaire: com ensaios de Israel Folau (61’) e Michael Hooper (64’), a vantagem neozelandesa foi reduzida para 44-20.

A reacção “aussie” ficou-se, no entanto, por aí. Com as substituições de ambos os lados, a partida perdeu qualidade, mas na última jogada da partida, Steven Luatua, que em 2014 ainda não atingiu o nível do ano anterior, fez o sexto ensaio da Nova Zelândia e fixou o resultado final em 51-20.

Com a melhor exibição do ano, os All Blacks apagaram a má imagem da ronda inaugural, alcançaram o ambicionado bónus ofensivo e garantiram, mais uma vez, que a Bledisloe Cup fica em mãos neozelandesas.