Câmara de Lisboa tenta vender imóveis por 60 milhões de euros em Outubro
Hastas públicas já têm datas marcadas e foram divulgadas num novo portal municipal dedicado às "oportunidades imobiliárias".
A realização daqueles leilões vai permitir avaliar o sucesso da aposta do executivo municipal em conseguir financiar-se com um total de 131 milhões de euros provenientes da alienação de património, tal como está previsto no seu orçamento para este ano.
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A realização daqueles leilões vai permitir avaliar o sucesso da aposta do executivo municipal em conseguir financiar-se com um total de 131 milhões de euros provenientes da alienação de património, tal como está previsto no seu orçamento para este ano.
Até ao fim do mês passado este tipo de operações tinha rendido apenas 12,9 milhões de euros. Se tudo correr como a autarquia deseja estas transacções permitirão um encaixe global próximo dos 60 milhões de euros.
A calendarização das hastas públicas já aprovadas pela câmara e, no caso dos prédios cujo preço base de licitação é superior a 485 mil euros, pela assembleia municipal foi conhecido esta quarta-feira através do portal municipal Cidade de Oportunidades (http://cidadedeoportunidades.cm-lisboa.pt/), agora lançado pela câmara.
A primeira decorrerá no dia 2 de Outubro e tem por objecto a venda de cinco lotes de terreno para construção, com um preço base global de 28,7 milhões de euros. Nesse conjunto inclui-se o lote actualmente ocupado pelo mais moderno quartel dos Bombeiros Sapadores e que tinha até há pouco tempo como único interessado a Espírito Santo Saúde, que para ali pretende ampliar o vizinho Hospital da Luz. A base de licitação desse lote é de 15,5 milhões de euros.
A oito de Outubro realizar-se-á a segunda venda, com a finalidade de alienar 14 prédios dispersos, o mais valioso dos quais, na Rua do Ouro, irá à praça por sete milhões de euros. Um outro imóvel cuja venda em hasta pública estava inicialmente prevista, e que destina à instalação de um centro de apoio a idosos em Campo de Ourique, já não consta da lista porque deverá ser vendido directamente à Misericórdia de Lisboa.
Neste rol de prédios encontra-se um edifício do largo Rodrigo de Freitas onde funcionou durante anos o Museu da Marioneta e que o munícipio tinha desistido de vender em 2008, na sequência de um movimento de opinião que defendia a sua manutenção na esfera pública por ali ter nascido São João de Brito. Em 2010 a câmara chegou a anunciar a instalação no local de um centro para pessoas sem-abrigo.
A terceira hasta pública terá lugar no dia 10 e contempla o arrendamento de 15 espaços comerciais. Seis dias depois irão à praça 24 edifícios no quadro do programa Reabilite Primeiro e Pague Depois. A última destas hastas terá lugar no dia 23 e destina-se a vender 10 fracções do edifício Confepele, localizado na Rua do Ouro.
Os programas das hastas públicas serão publicados no Boletim Municipal do dia 28 de Agosto. Os interessados poderão visitar os bens que serão vendidos em datas que estão disponíveis no portal Cidade de Oportunidades.