Ébola: “Estou agradecido a Deus para sempre por me ter poupado a vida”
Os dois norte-americanos infectados pelo vírus já deixaram o hospital.
Também Nancy Writebol, de 59 anos, já tinha deixado o hospital nesta última terça-feira, e encontra-se com o marido em local não divulgado. Os dois tiveram alta depois de as análises ao sangue não terem detectado sinais do vírus e de os sintomas terem diminuído. “Tanto quanto testámos, não há provas do vírus do ébola nos seus corpos”, disse o Bruce Ribner, o director clínico da unidade de doenças infecciosas do hospital, citado pela agência Reuters.
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Também Nancy Writebol, de 59 anos, já tinha deixado o hospital nesta última terça-feira, e encontra-se com o marido em local não divulgado. Os dois tiveram alta depois de as análises ao sangue não terem detectado sinais do vírus e de os sintomas terem diminuído. “Tanto quanto testámos, não há provas do vírus do ébola nos seus corpos”, disse o Bruce Ribner, o director clínico da unidade de doenças infecciosas do hospital, citado pela agência Reuters.
“À medida que saía do seu quarto de isolamento, tudo o que ela pôde dizer foi: ‘Glória a Deus’”, revelou ainda aos jornalistas Kent Brantly. “A Nancy está livre do vírus, mas os efeitos prolongados desta batalha, deixaram-na numa situação bastante fraca”, disse por sua vez o marido dela, David Writebol, em comunicado. “Decidimos que seria melhor deixar o hospital para lhe dar o descanso e a recuperação de que ela precisa nesta altura.”
Os dois norte-americanos receberam um medicamento experimental chamado ZMapp, composto por três anticorpos humanos contra o vírus do ébola, e nunca antes testado em seres humanos. Outros três médicos africanos, na Libéria, também receberam o ZMapp, e têm tido melhoras. Ainda é cedo para dizer que Kent Brantly e Nancy Writebol conseguiram ver-se livres do vírus devido ao medicamento, cujos stocks estão esgotados por a combinação de anticorpos ter sido identificada apenas em Janeiro deste ano e a sua produção ser demorada.
Este surto do ébola tem estado a matar cerca de 50% das pessoas infectadas. Na última actualização da Organização Mundial de Saúde, desta quarta-feira, o vírus tinha infectado 2473 pessoas, causando a morte a 1350, na Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.
Quando perguntaram a Bruce Ribner se os dois norte-americanos tinham sobrevivido ao vírus devido ao ZMapp, o médico respondeu: “A resposta honesta é que não temos nenhuma ideia”, afirmou, acrescentando que os “cuidados de saúde agressivos são fundamentais para sobreviver ao ébola”.