UE vai dar 125 milhões de euros aos produtores afectados pelo embargo russo

Bruxelas tenta limitar prejuízos causados pelo fecho dos mercados da Rússia, em resposta às sanções por causa da Ucrânia.

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Filip Klimaszewski / Reuters

De acordo com a Reuters, os agricultores europeus vão receber cerca de 125 milhões de euros para compensar a quebra nas vendas causada pelas sanções impostas por Moscovo. No início do mês a Rússia anunciou que vai deixar de importar produtos agrícolas e alimentares dos países membros da União Europeia, dos EUA, do Canadá, da Austrália e da Noruega durante um ano, em resposta às sanções económicas que já haviam sido aplicadas pelo Ocidente na sequência da crise na Ucrânia.

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De acordo com a Reuters, os agricultores europeus vão receber cerca de 125 milhões de euros para compensar a quebra nas vendas causada pelas sanções impostas por Moscovo. No início do mês a Rússia anunciou que vai deixar de importar produtos agrícolas e alimentares dos países membros da União Europeia, dos EUA, do Canadá, da Austrália e da Noruega durante um ano, em resposta às sanções económicas que já haviam sido aplicadas pelo Ocidente na sequência da crise na Ucrânia.

Bruxelas pretende agora limitar ao máximo as perdas para os produtores europeus, que viam na Rússia um mercado importante. As medidas vão ser aplicadas através da reforma da Política Agrícola Comum (PAC), que inclui uma dotação de emergência de 420 milhões de euros para casos de ruptura de mercado.

O fundo disponibilizado pela UE irá servir para compensar os produtos frescos que não vão ser vendidos.

“Com efeitos a partir de hoje, vou accionar as medidas de emergência da PAC que vão reduzir a oferta global de um certo número de produtos vegetais e de fruta no mercado europeu assim que a pressão dos preços se torne demasiado elevada nos próximos meses”, afirmou o comissário europeu para a Agricultura, Dacian Ciolos.

Os apoios europeus vão cobrir as produções de tomate, couve-flor, cogumelo, uva, pepino e outros produtos da época que são de difícil armazenamento e para os quais não existem mercados alternativos à Rússia.

“Todos os agricultores dos produtos abrangidos, façam parte de organizações de produtores ou não, serão elegíveis para receber estas medidas de apoio”, esclareceu Ciolos.

O embargo terá efeitos mínimos sobre os produtores agrícolas e alimentares portugueses, cujas exportações para o mercado russo correspondem a apenas 1% do total no sector.

Na semana passada, a UE já tinha anunciado medidas de apoio aos produtores de pêssego e nectarinas. Para sexta-feira está marcada uma reunião entre especialistas em agricultura europeus e, a 5 de Setembro, irá ser realizado um encontro extraordinário entre os ministros europeus do sector.