São Tomé e Príncipe pede apoio a Portugal para prevenir ébola
O país africano considera que está muito vulnerável. Conselho de Ministros reuniu de emergência e decidiu criar um “cordão sanitário” nos portos e aeroportos do arquipélago.
“O ministério da Saúde e Assuntos Sociais deve encetar diligências junto dos nossos parceiros de desenvolvimento para solicitar peritagem e especialistas sobre a doença, nomeadamente à OMS e à Direcção-Geral de Saúde de Portugal”, refere o comunicado do Conselho de Ministros distribuído nesta quinta-feira em São Tomé.
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“O ministério da Saúde e Assuntos Sociais deve encetar diligências junto dos nossos parceiros de desenvolvimento para solicitar peritagem e especialistas sobre a doença, nomeadamente à OMS e à Direcção-Geral de Saúde de Portugal”, refere o comunicado do Conselho de Ministros distribuído nesta quinta-feira em São Tomé.
O director dos Cuidados da Saúde, Pascoal de Apresentação, já tinha afastado a possibilidade de o país encerrar a fronteira marítima com os países vizinhos, onde o vírus do ébola está a afectar várias pessoas. “A questão do fecho da fronteira não é recomendado pela OMS, o que vamos fazer nesta fase de pré-epidemia é redobrar o sistema de vigilância, sobretudo ao nível dos passageiros que entram no nosso país provenientes de outros países da nossa sub-região”, disse.
O Governo refere que uma equipa de peritos da OMS “está a caminho de São Tomé e Príncipe para apoiar as autoridades sanitárias nacionais” na definição de um plano de prevenção. Para além disso, decidiu criar um “cordão sanitário” nos portos e aeroportos do arquipélago. Haverá sessões de formação para o pessoal ligado a esses serviços, refere o comunicado que considera o arquipélago como estando muito “vulnerável perante tamanha ameaça à saúde pública”.
O Conselho de Ministros, que se reuniu de “emergência e em sessão extraordinária”, optou igualmente pela “identificação urgente de um espaço de isolamento para tratamento de possíveis casos de doentes suspeitos ou portadores da doença”.
“O Governo deve estabelecer contactos com os laboratórios de referência da sub-região em Yaoundé, nos Camarões, e Franceville [Gabão] para o envio de possíveis amostras a serem recolhidos no país”, acrescenta o comunicado.
Na reunião ficou igualmente decidido levar a cabo “uma intensa campanha de sensibilização e informação na comunicação social”, distribuindo “cartazes e brochuras para mudança de comportamentos e práticas de gestos saudáveis”.