Chocolates Imperial entram nas lojas Walmart no Brasil
Empresa portuguesa faz parceria “promissora” na África do Sul.
O grupo retalhista possui no Brasil mais de 550 lojas, de vários formatos, entre as quais se destacam a Walmart, o Big, o Bompreço, a Mercadorama, a Nacional e a Sam's Club. O Brasil é o segundo maior mercado externo da empresa do Grupo RAR, representando cerca de 10% do total das exportações.
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O grupo retalhista possui no Brasil mais de 550 lojas, de vários formatos, entre as quais se destacam a Walmart, o Big, o Bompreço, a Mercadorama, a Nacional e a Sam's Club. O Brasil é o segundo maior mercado externo da empresa do Grupo RAR, representando cerca de 10% do total das exportações.
A empresa portuguesa, que vende para mais de 45 países, registou no primeiro semestre do ano um crescimento nas vendas de 8%, face a igual período do ano passado. Segundo a empresa, o crescimento já alcançado “supera significativamente a evolução registada pelo mercado português”, no mesmo período.
A empresa, que é líder no mercado português em várias categorias de produtos, através das marcas Regina, Jubileu, Pantagruel e Pintarolas, registou um crescimento nas vendas para o mercado nacional de 10%, face a igual período do ano passado.
Em 2013, a Imperial registou um volume de negócios que ultrapassou os 25 milhões de euros, com cerca de um quarto desse volume realizado no mercado externo. Depois de uma aposta agressiva para entrar em novas geografias, a empresa diz estar agora a apostar na consolidação dos mercados onde está presente.
Entre os que já são relevantes, mas que podem ser ainda mais, Manuela Tavares de Sousa refere “a África Austral, com destaque para Angola e Moçambique, onde a Imperial já detém uma posição de liderança na grande maioria das categorias de produtos com as marcas Regina, Pintarolas, Pantagruel e Jubileu”.
Só o mercado angolano deverá representar 1,3 milhões de euros este ano, o que corresponde a 20% do volume de exportações da empresa, adianta a gestora.
Para consolidar este mercado, a empresa de Vila do Conde acaba de criar em Angola uma equipa de reposição e de merchandising. “Esta estrutura local de acompanhamento do ponto de venda é muito recente, mas já conduziu a resultados muito positivos, com uma receptividade muito favorável por parte dos nossos clientes e o reforço da presença das nossas marcas, com o consequente aumento do volume de negócios”, adianta a CEO da Imperial.
Na África do Sul, considerado “um mercado estratégico”, a Imperial acaba de estabelecer um acordo com uma empresa local, com cobertura nacional, que deverá potenciar a introdução permanente dos produtos da Imperial nas principais cadeias de distribuição – nomeadamente, a Shoprite, a Chekers, a Pick & Pay e a Spar, entre outras.
“Acredito que este negócio possa, rapidamente, ganhar uma dimensão relevante”, adianta Manuela Tavares de Sousa, acrescentando que “o volume de vendas para o mercado sul-africano pode rapidamente ultrapassar o milhão de euros, no primeiro ano”. No último quadrimestre deste ano, está prevista uma encomenda de 10 contentores, com praticamente todas as marcas da Imperial, adiantou.
Mercados a crescer
Entre outros mercados que estão a revelar crescimentos interessantes para empresa, a gestora destaca a Colômbia, o Peru e a Venezuela, assim como vários mercados europeus – nomeadamente Espanha, Itália e países de leste (Ucrânia, República Checa e Eslováquia).
Na Europa, a CEO destaca o caso da Polónia que, admite, “pode vir a tornar-se um mercado de grande dimensão”. Neste momento a Imperial está em negociações com os principais interveniente no mercado, nomeadamente, a Biedronka, a maior rede retalhista do país (detida pela Jerónimo Martins), com quem já concretizou algumas operações e, ainda, com vários outros retalhistas de grande dimensão. A estratégia passa pela “aposta alargada a todas as cadeias de retalho, como lojas hard discount, lojas de conveniência e outras de posicionamento mais premium”.
Na Índia, “o processo ainda está numa fase embrionária, dado que as alterações sucessivas da legislação em termos de rotulagem têm sido um entrave no desenrolar deste dossier”, esclarece a gestora, adiantando, no entanto, que “apesar das limitações existentes, está neste momento a sair a primeira encomenda-teste para uma das maiores cadeias de distribuição de supermercados da Índia”.
Na China, a entrada também está a ser feita devagar: “Estamos presentes em algumas cadeias de supermercados, mas ainda muito aquém do potencial do mercado”, adianta Manuela Tavares de Sousa, salvaguardando que, “apesar de todas as potencialidades do mercado asiático, a China não tem sido uma prioridade para a Imperial”.
Máquina de furos Regina supera expectativas
O balanço da reintrodução da máquina de furos Regina “é extraordinariamente positivo”, adianta Manuela Tavares de Sousa, destacando “a forte adesão das pessoas com mais de 25 anos e com memória afectiva com o produto, mas cada vez mais das crianças, que consideram o conceito uma experiência única e divertida”. Até à data, já foram feitos mais de 2,3 milhões de furos e, garante a CEO, até ao final do ano poderão ser atingidos os três milhões de furos, “um número que supera largamente as expectativas da empresa aquando do seu lançamento”.
Actualmente, a máquina de furos, relançada no final do ano passado, está presente apenas no “canal de impulso” (gasolineiras, quiosques, cafés/pastelarias e lojas de conveniência), em mais de 10 mil pontos de venda. Os primeiros passos para a internacionalização da máquina de furos da Regina já estão a ser dados.
Os PALOP, Inglaterra, França, Luxemburgo e EUA são alguns dos mercados que já encomendaram este objecto emblemático, num total de 400 unidades. A Imperial, fundada em 1932, adquiriu, em 2000, a marca Regina, relançando vários produtos tradicionais da marca, como as sombrinhas de chocolate.