Ninguém marcou e assim se escreveu o empate mais doce da história do Rio Ave

Era sobre os suecos que pesava a obrigatoriedade de vencer, mas foram os vila-condenses quem mais procurou o caminho da baliza.

Foto
DR

Pedro Martins tinha garantido que os vila-condenses não iriam jogar à defesa, mas a realidade é que, durante a fase inicial do primeiro tempo, a equipa da casa permitiu que o adversário se instalasse sobre o seu meio-campo durante um período considerável – os suecos tinham mais bola, os portugueses espreitavam, sempre que podiam, o contra-ataque. Só que os nórdicos mostraram-se sempre incapazes de traduzir a maior posse em lances de perigo para a baliza de Cássio que, durante a primeira parte, pouco mais foi do que um espectador.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Pedro Martins tinha garantido que os vila-condenses não iriam jogar à defesa, mas a realidade é que, durante a fase inicial do primeiro tempo, a equipa da casa permitiu que o adversário se instalasse sobre o seu meio-campo durante um período considerável – os suecos tinham mais bola, os portugueses espreitavam, sempre que podiam, o contra-ataque. Só que os nórdicos mostraram-se sempre incapazes de traduzir a maior posse em lances de perigo para a baliza de Cássio que, durante a primeira parte, pouco mais foi do que um espectador.

Com o avançar do cronómetro, a formação da casa foi sacudindo o ascendente dos suecos, de tal forma que, perto do intervalo, a posse de bola estava bem repartida entre as duas equipas – 51% para o Gotemburgo, 49% para o Rio Ave. Enquanto isso, Del Valle ia mostrando aos defensores contrários que não estava ali para lhes facilitar a vida: foi quase sempre dos pés dele que saíram os remates do Rio Ave durante o primeiro tempo, ainda que, das três vezes que tentou (aos 5’, aos 17’ e aos 45+1'), Alvbage tenha conseguido agarrar sem dificuldades.

Com apenas 45 minutos para virar o resultado da primeira mão (em que um golo aos 22' valeu uma vitória pela margem mínima para os vila-condenses), recaía sobre o Gotemburgo a obrigação de encontrar uma forma para visar a baliza contrária com sucesso, mas foi a formação liderada por Pedro Martins quem mais perto esteve de desfazer o nulo no marcador, quando, aos 63’, Del Valle conseguiu romper pela direita e fazer o cruzamento. Só que, bem posicionados na área contrária, Hassan e Filipe Augusto não conseguiram mais do que atrapalhar-se um ao outro. Logo a seguir, Ukra rematou com perigo à entrada da área, mas o tiro saiu por cima.


Até ao final, Tarantini (aos 82’) ainda esteve perto de brindar os adeptos com o primeiro golo europeu no estádio vila-condense, mas o cabeceamento do médio português, na sequência de um livre, saiu ao lado e assim os milhares de adeptos que fizeram questão de ir assistir in loco ao segundo encontro europeu da história do Rio Ave começavam a celebrar o empate mais doce em 75 anos de vida.